Luís Guimarães Júnior, tornou-se conhecido como último romântico ou o primeiro parnasiano.

Luís Guimarães Júnior (Rio de Janeiro, 17 de fevereiro de 1845 – Lisboa, 20 de maio de 1898), poeta, teatrólogo, diplomata e escritor carioca. Foi como poeta que se tornou mais conhecido – ainda que alguns o chamem de “último romântico” e outros de “primeiro parnasiano”, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras e depois caiu no mais completo esquecimento.

Foi um dos dez membros eleitos para se completar o quadro de fundadores da Academia Brasileira de Letras, onde criou a Cadeira n° 31, que tem como patrono o poeta Pedro Luís.

Fez o curso de Direito no Recife entre 1864 e 1869. Ali assistiu ao desenvolvimento da “escola condoreira”, em que tomou parte mais ou menos diretamente. Continuou a escrever, multiplicando-se no jornalismo e escrevendo livros de contos, comédias e poesias.

Romântico de inspiração, mas já dentro da orientação parnasiana, ele foi, no apuro da expressão, um precursor da poesia de Raimundo Correia, Bilac e Alberto de Oliveira.

O poeta e amigo Pedro Luís, então ministro dos Negócios Estrangeiros, oferece-lhe um lugar na diplomacia como secretário de Legação em Londres. De 1873 a 1894, passou por vários outros postos, em Santiago do Chile, em Roma, onde serviu sob as ordens de Gonçalves de Magalhães, e em Lisboa; foi, depois, como enviado extraordinário, para Veneza. Em 1894, transferiu-se, já aposentado, para Lisboa, onde veio a falecer.

Em A Família Agulha, publicado originalmente na forma de folhetim no Diário do Rio de Janeiro, em 1870, aparece como um outro Guimarães Júnior. O seu romance é muito engraçado – ele revela, mais que um poeta, um ótimo humorista. Um humorista que conduz o seu romance aos solavancos, buscando o riso pelo riso, sem maiores preocupações em retratar a realidade.

Luís Guimarães Júnior faleceu em Lisboa, Portugal, em 20 de maio de 1898.

(Fonte: Veja, 6 de janeiro de 1988 – ANO 20 – N° 1 – Edição 1009 – LIVROS – Pág: 83)