Luiz Carlos da Silva Maciel. Famoso Balalo. Chamado por alguém da imprensa de Maradoninha, tamanha era sua habilidade. Nasceu em Uruguaiana em 17/8/65. Humilde, quase ingênuo. Se prejudicou ao longo da carreira por ser uma eterna criança. Balalo se considera injustiçado pelo rótulo de notívago. Gostava de sair, mas diz que nunca foi um indisciplinado. Começou em 81, nas categorias de base do Inter, e já aos 17 anos integrava o elenco principal. Otacílio Gonçalves, famoso Chapinha, foi quem o lançou no time num jogo em Pelotas. Sua primeira partida como titular no Beira-Rio foi contra o Atlético Mineiro, em 85. No ano seguinte, foi goleador do Campeonato Gaúcho com 14 gols. No Colorado, só ganhou o Estadual de 84. Balalo diz que gostaria de ter hoje 30 anos e jogar o mesmo futebol. ‘Ficaria rico em dois anos’, destaca ele. Lamenta nunca ter recebido apoio. Na época, lembra, ‘a gente saía do Interior sem orientação alguma’. Nunca recebeu grandes quantias. ‘Cada vez que ia renovar diziam que o clube estava em crise.’ Homem de boa-fé, foi passado para trás por alguns empresários aventureiros, mas não guarda mágoa de ninguém. Hoje, trabalha no almoxarifado da Marcopolo e é feliz por poder, pelo menos, ajudar os dois filhos, Juliano, de 17, e Camily, de 12. Ficou no Inter até 88, saiu para o Sport Recife, na sequência repassado ao Caxias, retornou para o Internacional, foi para o Novo Hamburgo e por fim atuou na Turquia por três anos, onde ganhou algum dinheiro a mais. É torcedor colorado. Sobre a história que era gato, que o persegue até hoje, disse que isso é mentira. Chegou a se dizer na época que tinha um registro no Brasil e outro na Argentina. Sobre isso, ele ri muito.
(Fonte: Correio do Povo 2009 – CP MEMÓRIA – POR ONDE ANDA)