Luiz Lopes Coelho, o escritor boêmio que criou um detetive bossa-nova
Pioneiro do gênero policial no país e criador do Doutor Leite, um Sherlock Holmes tropical
Luiz Lopes Coelho (1911 – São Paulo, 4 de julho de 1975), escritor e único dedicado à ficção policial no Brasil. O advogado paulistano é o elo perdido entre a tradição anglo-americana do romance policial e a moderna narrativa criminal. Advogado, boêmio, baseou a personagem do detetive de suas histórias em um velho companheiro de noitadas, João Leite.
Escreveu A Morte no Envelope, O Homem que Matava Quadros e A Ideia de Matar Belina. Coelho amparou-se na fórmula do gênero policial como estímulo para sua criatividade; mas sua obra vai além: longe de meramente repetir padrões; o autor construiu narrativas repletas de humor e sensibilidade; nas quais o crime é apenas mais um dentre os vários elementos que compõem um quadro rico e sutil das relações humanas.
Lopes Coelho faleceu dia 4 de julho de 1975, de insuficiência cardíaca, aos 64 anos, em São Paulo.
(Fonte: Veja, 9 de julho de 1975 Edição 357 DATAS Pág; 76)
O advogado paulistano Luiz Lopes Coelho (1911-75) é o elo perdido entre a tradição anglo-americana do romance policial e a moderna narrativa criminal brasileira. Seu detetive, o dr. Leite é o primeiro exemplar de uma galeria de investigadores como Mandrake (de Rubem Fonseca), Espinosa (de Luis Alfredo Garcia-Roza) e Venício (de Joaquim Nogueira). Há trinta anos as livrarias não oferecem contos de delicioso sabor belle époque desse A Idéia de Matar Belina. Com o retorno de LLC a cena do crime, a DBA faz justiça ao charmosos e bem humorado introdutor de nosso romance criminal.
(Fonte: www.submarino.com.br – Livros – Literatura Nacional – www.dominiopublico.gov.br)