Luiz Sponchiado um pesquisador da saga italiana no Rio Grande do Sul. Padre de Nova Palma

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Luiz Sponchiado um pesquisador da saga italiana no Rio Grande do Sul

Padre Luiz Sponchiado, de Nova Palma, reuniu documentos sobre as origens da imigração
O Rio Grande do Sul perdeu dia 16 de março de 2010, um dos grandes responsáveis por resgatar a história da imigração italiana na Região Central.
Nascido em Novo Treviso, distrito de Faxinal do Soturno, o pároco se dedicou a trabalhos sociais que modificaram o cenário da região. Foi fundador da Cooperativa Agrícola Mista Nova Palma Ltda (Camnpal) – maior da Região Central –, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e do Hospital Nossa Senhora da Piedade. Durante 50 anos, juntou documentos escritos à mão sobre a memória da chegada dos italianos, que culminaram em mais uma criação: o Centro de Pesquisas Genealógicas de Nova Palma.

Pelo trabalho sobre o resgate das origens, memória e cultura do povo da Região Central, o padre Luiz Sponchiado recebeu inúmeras medalhas e homenagens, entre elas o título de Comendador da República, em 2000, concedido pelo governo federal, e o título de Cavalliere dell’ Ordine al Mérito, do governo italiano, em 2002.

A dedicação e a fé do padre Luizinho, como era conhecido, começou ainda na infância. Aos 12 anos, ingressou no seminário São José, em Santa Maria. Com 24 anos, foi ordenado padre pelo então bispo dom Antônio Reis. A sua atuação na Igreja Católica começou no norte do Estado, em Iraí. Depois, foi capelão do Hospital de Caridade de Santa Maria e vigário-cooperador em Frederico Westphalen. Em 1956, assumiu a paróquia de Nova Palma.

– A morte para nós, cristãos, não é uma perda, é o ganho de um irmão que partiu para vida eterna. Ele foi um sacerdote muito zeloso, dedicado. Cumpriu sua missão e marcou muito a região pelo seu testemunho de vida. Trabalhou em Santa Maria como pároco da Catedral. A maior parte da vida foi pároco em Nova Palma. O padre Luiz Sponchiado morreu aos 88 anos, vítima de falência múltipla de órgãos, no Hospital de Caridade de Santa Maria.

(Fonte: Zero Hora – Ano 46 – Edição n.° 16 277 – Memória – 17 de março de 2010 – Pág; 46)

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