Fotógrafo que registrou monge em chamas no Vietnã
Autor de imagem icônica da guerra do Vietnã
Fotógrafo, trabalhou no New York Times e na Associated Press

A foto do monge que ateou fogo no corpo marcou a carreira de Malcolm Browne – (Foto: Malcolm Browne)
Malcolm Wilde Browne (nasceu em Nova York, 17 de abril de 1931 – faleceu em New Hampshire, em 27 de agosto de 2012), fotógrafo e jornalista norte-americano. Ex-correspondente de guerras pela agência Associated Press e pelo jornal “The New York Times”, o fotógrafo Malcolm W. Browne, foi o autor da imagem icônica de um monge em chamas no centro de Saigon (hoje Ho Chi Minh, no Vietnã) em 1963, que fez a Casa Branca reavaliar sua política no conflito contra o país asiático.
Nascido em Nova York em 17 de abril de 1931, Browne passou cerca de 30 anos de suas quatro décadas de carreira trabalhando para “The New York Times”.
Ele sobreviveu após ser alvejado três vezes em conflitos, expulso de seis países diferentes e ter seu nome incluído em uma “lista de morte” em Saigon.
Browne foi agraciado com o Pulitzer por sua cobertura no Vietnã em 1964. À época, ele trabalhava para a Associated Press.
Durante a cobertura em Saigon, diversos repórteres ocidentais foram alertados sobre um monge budista que pretendia atear fogo a si mesmo em praça pública em protesto contra o regime de Diem, que era pró-Catolicismo. Mas apenas Browne acreditou no aviso e foi ao local cobrir o ocorrido, no dia 11 de junho de 1963.
A imagem mais importante de sua carreira foi feita no Vietnã, em 1963: o suicídio de um monge budista que ateou fogo no próprio corpo.
Browne foi correspondente da agência de notícias Associated Press no Vietnã, onde, em 1963, registrou a imagem mais importante de sua carreira: o suicídio de um monge budista que colocou fogo no próprio corpo.
A imagem feita pelo então correspondente da agência de notícias Associated Press contribuiu para que o governo do presidente John F. Kennedy (1917-1963) fizesse uma reavaliação política dos rumos da Guerra do Vietnã.
Em 11 de junho de 1963, Thich Quang Duc ateou fogo em si mesmo, em Saigon. A imagem contribuiu para que o governo de John Kennedy reavaliasse a política da Guerra do Vietnã. Serviu, ainda, para ilustrar cartões postais que a China comunista distribuiu para denunciar o “imperialismo americano”. Browne trabalhou também no New York Times por três décadas.
A autoimolação de Thich Quang Duc diante de cerca de 500 pessoas, em Saigon (Vietnã), foi o protesto mais forte de uma série para chamar a atenção mundial para a repressão sofrida pelos monges budistas sob o governo católico de Ngo Dinh Diem (1901-63) no Vietnã do Sul, apoiado pelos EUA.
O registro serviu também para ilustrar cartões-postais que a China comunista distribuiu para denunciar o “imperialismo americano” -e foi parar na capa do primeiro disco da banda Rage Against the Machine, em 1992.
Em 1964, Malcolm Browne e David Halberstam, do “Times”, venceram o prêmio Pulitzer pelas reportagens do conflito. Ele passou a maior parte de sua carreira no jornal “New York Times”, onde trabalhou por três décadas.
Especializado em cobertura de guerras, foi alvejado três vezes em combates, expulso de meia dúzia de países e colocado numa “lista da morte” em Saigon. Sua última cobertura de conflitos foi na Guerra do Golfo, em 1991.
Especializado em cobertura de guerras, em 1964, Browne, ainda como correspondente da Associated Press, e David Halberstam, do Times, venceram o prêmio Pulitzer pelas reportagens do conflito no Vietnã.
A autoimolação de Thich Quang Duc diante de cerca de 500 pessoas foi o mais forte de uma série de protestos para chamar a atenção à repressão sofrida pelos monges sob o governo de Ngo Dinh Diem, no Vietnã do Sul, apoiado pelos EUA. Apesar de vários jornalistas ocidentais terem sido avisados sobre a intenção, só Browne esteve lá. A foto virou a imagem principal do mundo. “Foi o início da rebelião que terminou com a deposição e a morte de Diem”, disse Browne em uma entrevista à Associated Press em 1998.
Browne morreu dia 27 de agosto de 2012, aos 81 anos. Browne estava internado em um hospital, segundo a mulher, Le Lieu, que ele conheceu em Saigon. Tinha Parkinson desde 2000 e passou os últimos anos em uma cadeira de rodas.
Ele era portador da doença de Parkinson, diagnosticada em 2000, e passou os últimos anos de sua vida numa cadeira de rodas.
Segundo sua mulher, Le Lieu, que conheceu em Saigon, Browne morreu num hospital de New Hampshire (EUA), onde se internou após apresentar problemas respiratórios anteontem à noite. Deixou a mulher e dois filhos.
(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – N° 17.128 – MEMÓRIA – 29 de agosto de 2012)
(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura – CULTURA / por O Globo – 28/08/2012)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada – FOLHA DE S.PAULO/ ILUSTRADA/ FOCO / Por DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS – São Paulo, 29 de agosto de 2012)
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- Thich Quang Duc ateou fogo em si mesmo, em Saigon.