Manoelito de Ornellas (Itaqui, 17 de fevereiro de 1903 – Porto Alegre, 8 de julho de 1969), intelectual que muito contribuiu para que gaúchos conhecessem suas raízes.
Com isso, ele ajudou a compreender e reconhecer aquilo que deu origem a nossa identidade, como gaúchos.
Nascido em Itaqui, na Fronteira, em fevereiro de 1903, ele era fruto da relação portuguesa (seu pai era descendente de portugueses) e espanhola (sua mãe nasceu no Uruguai).
Além de fazer poesia, Manoelito mergulhou fundo na história da Península Ibérica, onde buscou, com êxito, muitas razões para o nosso comportamento e as influências na formação do Estado do Rio Grande do Sul.
Seu livro Gaúchos e Beduínos (1948) talvez seja sua obra mais conhecida, mas foi premiado e fez sucesso com muitas outras. Chegou à Porto Alegre em 1935, depois de ter morado também em Tupanciretã e Santa Maria.
Em Porto Alegre foi diretor da Biblioteca Pública e substituiu Érico Veríssimo na presidência da Associação Rio-Grandense de Imprensa (ARI). Em 1948, assumiu, no Rio Grande do Sul, o Departamento de Imprensa e Propaganda do Governo Federal.
Foi também professor da Faculdade de Filosofia em Porto Alegre e ensinou História da Arte em Florianópolis.
Em 1963, foi escolhido Personalidade do Ano na área de Cultura e Letras. Em 1969, lançou o livro Terra Xucra com suas memórias. Um homem sofisticado que conhecia profundamente o Rio Grande do Sul.
Manoelito faleceu em julho de 1969, em Porto Alegre.
(Fonte: Zero Hora ANO 50 N.° 17. 588 ALMANAQUE GAÚCHO/ Por Ricardo Chaves – 4 de dezembro de 2013 Pág: 48)