Marcel Proust, autor do majestoso romance Em Busca do Tempo Perdido.

Proust: bordel homossexual com os móveis da mãe

Marcel Proust (Auteuil, 10 de julho de 1871 – Paris, 18 de novembro de 1922), escritor francês. Autor de uma obra magna, Em Busca do Tempo Perdido, publicado entre 1913 e 1922. É autor do majestoso romance Em Busca do Tempo Perdido.

Pelas próprias dimensões – são sete volumes, somando 2 500 páginas -, Em Busca do Tempo Perdido requer um ócio digno, a lenta concentração que se usa para perceber a beleza de catedrais góticas.

Em Busca do Tempo Perdido é suspeito de que o romance proustiano tenha desvendado os mistérios do amor, do ciúme, da memória e do tempo. Se não desvendou, o frívolo Marcel Proust chegou perto do coração dos mistérios quando transformou sua vida em ficção, sua vida de mundanidade e achaques asmáticos serviu de base para uma obra-prima ficcional.

Em torno de 1° de janeiro de 1909 a noite em que Proust descobriu a chave da memória involuntária – abrindo a porta que leva à recuperação do tempo perdido de sua infância em Auteil.

Nos porões da vida de Proust, há dois fatos bombásticos. O primeiro é o relato de como o escritor montou um bordel homossexual e o mobiliou com os móveis de sua mãe morta. O outro refere-se ao gosto do romancista em torturar ratos durante suas farras homossexuais.

(Fonte: Veja, 13 de junho de 1990 – ANO 23 – N° 23 – Edição 1134 – LIVROS – Pág; 93)