Marcello Caetano, jornalista e historiador, iniciou na política seguindo a ideologia do Estado Novo.

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Marcello Caetano (Lisboa, 17 de agosto de 1906 – Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1980), respeitado professor de direito, jornalista e historiador. Chefe do Governo português deposto a 25 de abril de 1974.

Marcello José das Neves Alves Caetano nasceu em 17 de agosto de 1906. Respeitado professor de direito, jornalista e historiador, iniciou-se na política seguindo a ideologia do Estado Novo, tendo mesmo ocupado cargos de alta responsabilidade, a nível partidário (enquanto Presidente da Comissão Executiva da União Nacional) e a nível governamental (Ministro das Colônias e Ministro da Presidência).

Em 1968, por motivo de doença de Salazar, o Almirante Américo Thomaz escolheu-o para subir à chefia do governo.

Marcello Caetano introduziu algumas alterações a fim de efetuar uma “renovação na continuidade”: extinguiu a PIDE e criou a Direção Geral de Segurança (DGS), apesar de as pessoas e dos métodos não terem mudado; alterou o nome da União Nacional para Acção Nacional Popular (ANP); “aligeirou” a ação da censura, permitindo também o regresso de alguns exilados políticos.

Foi a chamada “Primavera Marcelista”, onde Caetano tentou acalmar as diversas facções da sociedade portuguesa: ao mais conservadores prometeu continuidade e aos mais liberais deu esperança de renovação.

Após o 25 de Abril de 1974 e com o fim do Estado Novo, Marcello Caetano seguiu para o exílio no Brasil, onde viria a falecer em 1980.

(Fonte: http://www.citi.pt/cultura/politica/25_de_abril/marcelo_caetano)
(Fonte: Veja, 30 de outubro de 1968 – Edição n° 8 – Internacional – Pág; 41)

Marcello Caetano viveu exílio produtivo no Brasil

Marcello Caetano viveu o exílio no Brasil completamente integrado na sociedade e nos meios intelectuais do Rio de Janeiro, chefe do Governo português deposto a 25 de Abril de 1974.

Chegado ao Rio de Janeiro em maio de 1974, Caetano foi acolhido como hóspede no Mosteiro de São Bento, onde permaneceu duas semanas e onde seria convidado a dar aulas na Universidade Gama Filho. A proposta era generosa para os padrões da época e tinha a enorme vantagem de resolver várias questões práticas de uma assentada.

Na contratação do professor de Direito estavam incluídos “um salário de dez mil cruzeiros, um apartamento alugado num bom local da cidade e um automóvel com motorista (ao câmbio de 1974 este ordenado mensal equivalia a cerca de 1500 dólares)”.

No Brasil, o ex-governante do Estado Novo publicou quatro livros (“Depoimento”, “Princípios Fundamentais do Direito Administrativo”, “Direito Constitucional” e “Minhas Memórias de Salazar”), escreveu vários artigos e viajou por todo o país “fazendo conferências e seminários”.

Em 1930, um ano depois de ser apresentado a Salazar e de ter começado a trabalhar como auditor jurídico no Ministério das Finanças, Marcello Caetano casou com Teresa de Barros, filha de João de Barros e irmã de Henrique de Barros, dois oposicionistas do Estado Novo.

Marcello mantinha uma boa relação com estas duas figuras, mas encarou com alguma inquietação a proximidade de um dos quatro filhos, Zé Maria, que mais tarde viria a casar com a atriz Laura Soveral, ao MUD Juvenil, no final do decénio de 1940.
(Fonte: http://www.publico.pt/politica/noticia – PORTUGAL – Lusa – 24/03/2009)

A Revolução dos Cravos, em Portugal, derruba o chefe de governo Marcelo Caetano, em 25 de abril de 1974.
(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – N° 17.365 – Almanaque Gaúcho/ Por Ricardo Chaves – 25 de abril de 2013 – Pág; 62)

Em 20 de maio de 1974 – São acolhidos no Brasil, como asilados, Américo Thomás e Marcelo Caetano, ex-chefes do regime salazarista português.
(Fonte: Correio do Povo – ANO 118 – Nº 232 – CRONOLOGIA/ Por Renato Bohusch – 20 de maio de 2013 – Pág; 21)

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