Marcos Santarrita (Aracaju, 16 de abril de 1941 – Rio de Janeiro, 5 de outubro de 2011), escritor, tradutor e jornalista. Ele foi ganhador de dois prêmios da Academia Brasileira de Letras (ABL). Tradutor de nomes como Alexandre Dumas, Philip Roth e Dashiell Hammett.
Santarrita tem vasta e consolidada obra como tradutor e ficcionista – venceu por duas vezes prêmios concedidos pela Academia Brasileira de Letras: em 2001, pelo romance Mares do Sul e, em 2004, um prêmio de tradução pelo conjunto da obra.
Sergipano de nascimento, mas criado na Bahia, Santarrita começou a carreira literária colaborando com traduções e contos para jornais baianos. Nos anos 60, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi redator de O Globo, Jornal do Brasil e Última Hora, além da revista Fatos e Fotos. Também colaborou com a Folha de S. Paulo e a Isto é.
Na ficção, publicou mais de uma dezena de obras, entre contos e romances, com destaque para Mares do Sul, que reconstitui duas rebeliões negras na Ilhéus do século 18. Um dos tradutores mais conceituados do país, Santarrita verteu para o português mais de uma centena de obras.
Santarrita morreu dia 5 de outubro de 2011, aos 72 anos, Copacabana, no Rio de Janeiro.
(Fonte: zerohora.com.br Memória – 10/10/2011)
Marcos Santarrita, escritor, tradutor e jornalista. Nascido em Aracaju, no Sergipe, Santarrita foi criado na Bahia, entre os municípios de Itamaraju e Ilhéus, no sul do Estado.
Segundo ele mesmo costumava contar, a vocação para a carreira literária foi “descoberta” por um professor de português quando cursava o “científico” – o equivalente ao ensino médio atual -, em Ilhéus. A carreira propriamente dita teve início em Salvador, como colaborador, com traduções e contos, para os periódicos soteropolitanos Jornal da Bahia, A Tarde e Diário de Notícias. Nos anos 60, Santarrita fundou, com outros escritores, a publicação literária Revista da Bahia.
Em 1967, mudou-se para o Rio, onde foi redator dos jornais O Globo, Jornal do Brasil e Última Hora, além de ter trabalhado na revista Fatos e Fotos. Também colaborou para o jornal Folha de S. Paulo e para a revista Isto É. Aficcionado por literatura, virou referência em tradução literária no País. Transcreveu para o português mais de 120 obras, de autores como Alexandre Dumas, Philip Roth, Dashiell Hammett, Eric Hobsbawm, J. G. Ballard e Charles Bukowski.
Santarrita também escreveu romances, como A Ilha dos Trópicos, de 1990, e Mares do Sul, de 1999, este último premiado pela Academia Brasileira de Letras, em 2001. Em 2004, a ABL o homenageou pelo conjunto de sua carreira como tradutor.
(Fonte: www.estadao.com.br – TIAGO DECIMO – Agência Estado – 7 de outubro de 2011)