Marcos Vilaça, advogado, jornalista e escritor, é autor de obras como “Nordeste: Secos & Molhados”, “Recife Azul, Líquido do Céu”, “O Tempo e o Sonho” e “Por uma Política Nacional de Cultura – Ministério da Educação e Cultura”, “Em Torno da Sociologia do Caminhão”. Junto com Roberto Cavalcanti, ele escreveu “Coronel, Coronéis: Apogeu e Declínio do Coronelismo no Nordeste”, considerado um clássico sobre as estruturas de poder na região dominada por coronéis

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Marcos Vilaça, jornalista, advogado, ex-ministro e presidente do TCU e membro da ABL

 

 

Marcos Vilaça (nasceu em Nazaré da Mata (PE), em 30 de junho de 1939 – faleceu em 29 de março de 2025), advogado, jornalista e escritor, ex-Ministro, imortal da ABL (Academia Brasileira de Letras).

O professor, advogado, jornalista, ensaísta e poeta brasileiro Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça é autor de obras como “Nordeste: Secos & Molhados”, “Recife Azul, Líquido do Céu”, “O Tempo e o Sonho” e “Por uma Política Nacional de Cultura – Ministério da Educação e Cultura”, “Em Torno da Sociologia do Caminhão”. Junto com Roberto Cavalcanti, ele escreveu “Coronel, Coronéis: Apogeu e Declínio do Coronelismo no Nordeste”, considerado um clássico sobre as estruturas de poder na região dominada por coronéis.

Era bacharel em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco e foi professor de direito internacional.

Ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Vilaça foi presidente da própria Academia Brasileira de Letras. O imortal da ABL, que ocupava a cadeira 26, foi eleito presidente da Academia nos anos de 2006, 2007, 2010 e 2011.

Ligado ao ex-presidente José Sarney, que o nomeou para o Tribunal de Contas da União e o recebeu na ABL, Vilaça ocupou diversos cargos na área cultural. Foi professor de direito internacional na Universidade Católica de Pernambuco, diretor da Caixa Econômica Federal e secretário de cultura no Ministério da Educação e Cultura. Ele presidiu importantes fundações, como a Funarte e o Pró-memória.

O imortal nasceu em Nazaré da Mata (PE), em 30 de junho de 1939. É filho único de Antônio de Souza Vilaça e Evalda Rodrigues Vilaça. Era viúvo de Maria do Carmo Duarte Vilaça, com quem teve três filhos. O escritor ocupava a cadeira 26 da ABL desde 1985 e presidiu a instituição por duas vezes, entre 2006 e 2007 e, mais uma vez, entre 2010 e 2011.

Administração pública e literatura

Marcos Vilaça nasceu em Nazaré da Mata (PE), no dia 30 de junho de 1939. Era era filho único de Antônio de Souza Vilaça e Evalda Rodrigues Vilaça.

É considerado um pensador e empreendedor da cultura brasileira, tendo ocupado cargos em conselhos de órgãos, no próprio Conselho Federal de Cultura, assim como presidiu importantes fundações, como a Funarte e a Pró-memória.

Ocupou cargos importantes na administração pública do estado de Pernambuco e do Brasil. Em 1966 tornou-se chefe da Casa Civil de Pernambuco, no governo de Paulo Guerra, e no início da década de 1970 foi responsável por algumas secretarias na gestão de Eraldo Gueiros Leite.

Na década de 1960, Marcos Vilaça construiu uma carreira significativa na literatura, área que o consagrou enquanto grande intelectual.

Um pouco antes, em 1958, publicou “Conceito de Verdade”, que se tratava do discurso que pronunciou no Salão Nobre do Colégio Nóbrega em dezembro de 1957, na condição de orador da turma de concluintes do Curso Clássico. No mesmo ano, publicou “A Escola e Limoeiro” e, em 1960, lançou as crônicas de viagem “Americanas”.

Em 1961, publicou um dos seus trabalhos literários de maior sucesso: “Em torno da Sociologia do Caminhão”, que recebeu o prêmio Joaquim Nabuco da Academia Pernambucana de Letras.

É autor de outras obras conhecidas, como “Nordeste: Secos & Molhados” (1972), “Recife Azul, líquido do céu” (1972), “O tempo e o sonho” (1984) e “Por uma Política Nacional de Cultura – Ministério da Educação e Cultura” (1984).
Também esteve à frente do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artística Nacional (Iphan) e a Fundação Nacional de Artes (Funarte). Foi ministro do Tribunal de Contas da União por mais de 20 anos; e secretário de Cultura no Ministério da Educação e Cultura, quando foi responsável pelo tombamento de Olinda, Pernambuco, e São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, como patrimônios da humanidade. Bem como a Mata do Iguaçu, reconhecida como patrimônio natural da humanidade em 1986, e o Paço Imperial, no Rio de Janeiro.

Ex-ministro do TCU e autor de mais de 70 obras: quem era Marcos Vilaça, ex-presidente da ABL

Escritor pernambucano era membro da ABL desde 1985 e ocupava a cadeira 26, sucedendo o conterrâneo Mauro Mota.

O escritor Marcos Vinicios Rodrigues Vilaça — que morreu neste sábado (29), aos 85 anos, no Recife — foi eleito imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) no dia 11 de abril de 1985, no lugar de outro pernambucano, o poeta Mauro Mota (1911-1984).

Ele foi o sétimo ocupante da cadeira de número 26 da instituição, que tem como patrono Laurindo Rabelo. Também presidiu a ABL duas vezes, nos biênios 2006-2007 e 2010-2011 (veja vídeo acima).

Marcos Vilaça nasceu no dia 30 de junho de 1939 em Nazaré da Mata, na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Ex-ministro e ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), ele produziu 79 publicações ao longo da vida, incluindo livros de crônicas, ensaios e poesia, segundo a ABL.

Parte dessa obra foi transcrita para outros idiomas, como inglês e francês. Entre os títulos mais famosos dele, está “Coronel, coronéis: apogeu e declínio do coronelismo no Nordeste”, que escreveu com o advogado e economista Roberto Cavalcanti de Albuquerque.

“Era um sujeito muito divertido, muito carismático, muito perspicaz, inteligente. Tinha tiradas que você não esperava e tinha um humor muito criativo”, disse Vinicius Vilaça, um dos netos do acadêmico.

Trajetória de Marcos Vilaça

  • Nascido em Nazaré da Mata, Vilaça se mudou para o Recife no início da década de 1950, passando a estudar no Colégio Nóbrega, no bairro da Boa Vista, no Centro da cidade.
  • Em 1958, começou a trabalhar como professor de história do Brasil no Ginásio de Limoeiro, no Agreste do estado.
  • Em 1962, concluiu o curso de bacharelado em ciências jurídicas e sociais na Faculdade de Direito do Recife (FDR), da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
  • Após terminar o mestrado, tornou-se professor da instituição em 1964, lecionando as disciplinas de direito internacional público e direito administrativo.
  • Em 1966, foi nomeado secretário da Casa Civil de Pernambuco, na gestão do então governador Paulo Guerra.
  • Nos anos 1980, foi presidente da Legião Brasileira de Assistência e secretário particular para Assuntos Especiais do então presidente da República José Sarney.
  • Em 1988, entrou para o TCU por indicação de Sarney e foi presidente da instituição nos anos de 1995 e 1996.
  • Imortal da ABL desde 1985, foi eleito presidente da Academia em 2005 para o biênio 2006-2007 e voltou ao cargo entre 2010 e 2011.
  • Também participou do Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artística Nacional (Iphan).

Marcos Vilaça morreu na manhã do sábado, 29, aos 85 anos, de falência múltipla de órgãos.

Vilaça morreu apenas um dia depois de Heloísa Teixeira, também integrante da ABL.

Marcos Vilaça foi cremado e suas cinzas foram jogadas na Praia de Boa Viagem, como foram as de sua esposa.

O pernambucano deixa dois filhos. Marcos Vilaça deixa dois filhos com sua morte: Rodrigo Otaviano e Tatiana Cecília -o intelectual teve mais um filho, Marcantônio, que morreu em 2000.

Repercussão

A ABL lamentou a morte de Marcos Vilaça em nota divulgada neste sábado (29). De acordo com a instituição, entre as obras mais emblemáticas de sua carreira, estão os livros “Sociologia do Caminhão” (1961), que recebeu o prêmio Joaquim Nabuco da Academia Pernambucana de Letras (APL), e “Americanas”, coletânea de crônicas de viagem publicada um ano antes.

“Além de seu mérito como escritor — Marcos Vilaça é o coautor do clássico ‘Coronel, coronéis’ —, não podemos esquecer, nas suas duas gestões como presidente da Academia Brasileira de Letras, Marcos Vilaça empreendeu um vigoroso programa de divulgação das atividades culturais da Casa, estabelecendo uma programação de alto nível”, declarou o poeta e “imortal” da ABL Antônio Carlos Secchin à TV Globo.

Outro membro da ABL, o escritor Marco Lucchesi, destacou que Vilaça era “um homem de muitos amigos” e “cheio de inquietação”.

“Todos os saberes, todos os sabores de Pernambuco, do Recife, do Nordeste e do Brasil. Era um amor permanente. Um homem atento 24 horas por dia a todos os apelos da vida, a todos os seus desafios, discípulo de Gilberto Freyre. Foi desenvolvendo uma leitura muito particular do coronelismo no Brasil, como, por exemplo, no seu livro bastante conhecido, ‘Coronel, coronéis'”, afirmou.

Já o presidente da Academia Pernambucana de Letras (APL), Lourival Holanda, descreveu Vilaça como “um homem de letras” que “deixou marcas indeléveis na cultura brasileira”.

“Ele se destacou, sobretudo, com o direito e as letras. Marcos Vilaça unia muito bem suas duas paixões: o mundo jurídico e o mundo da literatura. Ele conquistou uma autoridade, tanto no Tribunal de Contas da União quanto entre nós, nas letras, digamos, ‘literárias'”, disse.

Em nota de pesar, a governadora Raquel Lyra (PSD) lamentou a morte do escritor.

“Pernambuco amanheceu triste neste sábado (29) com a notícia do falecimento de Marcos Vilaça, escritor e intelectual pernambucano que engrandeceu o nome do nosso estado como imortal e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras. A todos os seus amigos e familiares, o meu mais fraterno abraço. O legado literário de Marcos Vilaça seguirá permanente em Pernambuco e no Brasil”, afirmou.

O Ministério da Cultura também publicou uma nota de pesar. “Com sua forte contribuição política e social, é uma importante referência brasileira, cujo legado será lembrado e continuado por todos aqueles que conviveram e aprenderam com seus feitos”, declarou.

Já o presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), Álvaro Porto (PSDB), disse, também por meio de nota, que Vilaça era um “homem de grande sabedoria”.

“Marcos Vinicios Vilaça teve carreira marcada pela vasta produção literária reconhecida nacional e internacionalmente. Nossos pêsames e solidariedade aos familiares e amigos. Que Deus possa consolar a todos neste momento de despedida”, afirmou.

(Direitos autorais reservados: https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil – Estadão Conteúdo/ NOTÍCIAS/ BRASIL/ História de Redação – 29/03/2025)

(Créditos autorais reservados: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/03/29 – RIO DE JANEIRO/ NOTÍCIA/ Por Roberta Pennafort, TV Globo – 

(Direitos autorais reservados: https://g1.globo.com/pe/pernambuco/noticia/2025/03/29 – PERNAMBUCO/ NOTÍCIA/ Por g1 Pernambuco – 

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