Marie-José, a “rainha do tango”
Emilia Therese Mauricette Lhuillier (Saint-Denis-du-Sig (Argélia), 26 de de dezembro de 1914 – Paris, 4 de fevereiro de de 2002), cantora e atriz, chamada Marie-José, conhecida como “rainha do tango”, muito popular na França nos anos 40 e 50
Nascida em Orã (Argélia, colônia francesa então), de pai francês e mãe espanhola, Mauricette Lluillier chegou na França em 1937, escolheu o pseudônimo de Marie-José em homenagem à sua mãe.
A jovem, que estudou canto no Conservatório de Orã, conheceu o ator de teatro e cinema Michel Simon, que a fez trabalhar com ele no filme “Frauenliebe. Naples au baiser de feu”, de Augusto Genina, ao lado de Tino Rossi, Mireille Balin, Viviane Romance e Dalio.
Em seguida, sob a direção do historiador, cineasta e dramaturgo Sacha Guitry, filmou “Eram 9 solteiros”, em 1939. Com Claude Autant-Lara trabalhou em “Dulce, Paixão de uma noite”, em 1943, e com Jean Boyer em “Circunstâncias atenuantes”, junto com Michel Simon e Arletty, em 1939.
Sob o impulso do compositor catalão José Sentis, a bela atriz passou ao show biz, atuando com grande êxito em “Canção cigana”, e “Jim”, de Francis Lopez.
Entre 1938 e 1960, Marie-José gravou mais de 300 canções para a Odeon, entre as quais se destacaram “Amor, Amor”, “Bésame Mucho”, “Imposible”, “Léeme la Mano, Gitana”, “Querido, sé Fiel”, “María Dolores” e “No se lo Digas Nunca”.
Esse repertório de melodias populares, muito marcadas pelo exotismo dos ritmos sul-americanos, e em especial argentinos, lhe valeu o apelido de “rainha do tango”.
Em 1954, obteve o famoso prêmio dessa época “Triunfo da canção francesa”.
Marie-José morreu em sua casa parisiense aos 88 anos, em 4 de fevereiro de de 2002.
(Fonte: http://musica.uol.com.br/ultnot/afp/2002/02/21 – ENTRETENIMENTO – MÚSICA – NOTÍCIAS – PARIS (AFP) – 21/02/2002)