Foi a primeira mulher a ser recebida, como membro titular, na Academia Imperial de Medicina, em 1871
Marie Josephine Mathilde Durocher (Paris, 6 de janeiro de 1809 – Rio de Janeiro, 25 de dezembro de1893), a obstetra nascida na França em 1809, estudou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e foi a primeira mulher da turma. Ficou conhecida como parteira da Corte e acompanhou o nascimento dos netos do imperador D.Pedro II.
Reconhecida no meio médico, foi nomeada, em 1871, por D.Pedro II como membro titular da Academia Nacional de Medicina e durante cinco décadas foi a única mulher admitida como membro nessa instituição.
Nasceu no dia 6 de janeiro de 1809 em Paris, França, filha de Anne Nicolli Colette Durocher, costureira e florista. Com sete anos veio com sua mãe, que abriu uma pequena loja de moda na rua do Ouvidor, para o Rio de Janeiro. O negócio prosperou e Maria Josephina quando cresceu ajudava a mãe na administração e confecção de roupas. Recebeu educação elementar como era usual para o sexo feminino na época.
Em 1829 sua mãe faleceu, a loja da rua do Ouvidor entrou em decadência e Maria Josephina enfrentou uma reviravolta em sua vida. Perdeu a loja e seu companheiro, o comerciante francês, Pedro David, com quem vivia maritalmente e tinha dois filhos, foi assassinado em 1832. Com 23 anos e dois filhos para criar Maria Josephina decidiu dedicar-se a prestar assistência às parturientes, como fazia uma amiga de sua mãe.
Em 1833 foi estudar com o médico negro Joaquim Cândido Soares e em 1834 ingressou no curso de obstetrícia prática da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Nesse tempo as faculdades não permitiam estudantes femininas no curso de Medicina. Foi a primeira aluna da turma. Nessa mesma época naturalizou-se brasileira e iniciou uma bem-sucedida carreira de parteira na capital do Império. Madame Durocher, como ficou conhecida, foi parteira da Corte e acompanhou o nascimento dos netos do imperador D.Pedro II.
Reconhecida no meio médico, foi nomeada, em 1871, por D.Pedro II como membro titular da Academia Nacional de Medicina e durante cinco décadas foi a única mulher admitida como membro nessa instituição. A parteira Madame Durocher clinicou durante 60 anos e teve a mais importante clínica obstétrica da corte do Rio de Janeiro no século XIX. Foi a primeira mulher no Brasil a assinar textos científicos na área da Medicina. Faleceu em 1893.
(Fonte: http://zip.net/bkqVxr)
(Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/fotos/entretenimento/2015/03/08 =1#fotoNav=3 – Mulheres que se tornaram grandes cientistas – 08/03/2015)
(Fonte: http://www.cnpq.br/web/guest/pioneiras-view/-/journal_content/56_INSTANCE_a6MO/10157/902930)
Fonte: Melo, Hildete P.de, Pereira, M.C.C., “A Ciência no Feminino: uma análise da Academia Nacional de Medicina e da Academia Brasileira de Ciência”, em Revista do Rio de Janeiro, FIOCRUZ/UERJ, n.11, set-dez 2003. Elaborado por Hildete Pereira de Melo e Ligia M.C.S.Rodrigues.