Mariel Mariscöt de Mattos (Niterói, junho de 1940 – Rio de Janeiro, 8 de outubro de 1981), detetive que teve uma trajetória no crime quase tão espetacular quanto a de Lúcio Flávio, glamourizada pelo envolvimento com mulheres bonitas, como as atrizes Elsa de Castro e Darlene Glória e a modelo Rose di Primo.
O detetive Mariscot , um dos “11 homens de ouro” da Polícia Civil carioca, onde havia ingressado nos anos 60, ficou conhecido pela prisão de bandidos famosos até ser preso, sob a acusação de pertencer ao Esquadrão da Morte. Permaneceu na cadeia por oito anos, até 1981, quando passou para o regime de prisão-albergue e começou a trabalhar com o juiz Francisco Horta.
Mariscot havia atuado na Scuderie Le Cocq, grupo mais conhecido do Esquadrão, criado por policiais para vingar a morte em serviço do detetive Milton Le Cocq, mas fora expulso pelos colegas nos anos 70. Na prisão, planejou a sua fuga, sendo auxiliado pela mulher Elza de Castro, com quem teve uma filha, Marielsa.
Mariel Mariscot morreu em 8 de outubro de 1981, executado com oito tiros dentro de seu carro, em frente à fortaleza do banqueiro do jogo do bicho Raul Capitão, numa rua movimentada no Centro do Rio, conforme O GLOBO noticiou em 9 de outubro de 1981. O assassino, segundo testemunhas, chegou acompanhado de um homem grisalho e abandonou a arma, com silenciador, próximo a Mariscot, que carregava duas pistolas mas não teve tempo de reagir. Segundo o jornal, o ex-homem de ouro da polícia planejava se tornar bicheiro.
“Homem de ouro”. Detetive Mariel Mariscot: integrante do Esquadrão da Morte, grupo de justiceiros que atuava no Rio (Antonio Nery 26/08/1971 / Agência O Globo)
(Fonte: http://acervo.oglobo.globo.com – FATOS HISTÓRICOS/ Por Matilde Silveira – PAÍS – 24/09/13)