Marília Chaves Peixoto, a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Ciências

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Fez parte no desenvolvimento da ciência do Brasil

 

Marília Chaves Peixoto (Santana do Livramento, 24 de fevereiro de 1921 – 5 de janeiro de 1961), desenvolveu trabalhos importantes em equações diferenciais, e em pareceria com Maurício Peixoto publicou nos Anais da Academia Brasileira de Ciências dois artigos: “On the inequalities y'” ³ G(x,y,y’,y”)”, em 1949, e “Structural stability in the plane with enlarged boundary conditions”, em 1959. Foi eleita como membro associado da Academia Brasileira de Ciências em 12 de junho de 1951.

 

 

A matemática teve seus trabalhos em conjunto sobre funções convexas reconhecidos internacionalmente. Em 1951 foi eleita para a Academia Brasileira de Ciências, sendo efetivamente a primeira mulher a ingressar nos quadros daquela instituição.

 

 

Ela formou-se em engenharia em 1943. No Rio de Janeiro, na década de 1940, na Faculdade Nacional de Filosofia, aparecem nomes femininos: Maria Laura Mouzinho, Moema Mariani e Maria Yolanda de Mello e Nogueira, entre outros. Segundo Maria Laura Mouzinho, Marília Chaves foi aluna ouvinte no curso de Matemática da Faculdade Nacional de Filosofia, enquanto realizava o curso de engenharia e atuava como monitora na Escola Nacional de Engenharia. Posteriormente, casou-se com o matemático Maurício Peixoto e passou a chamar-se Marília Chaves Peixoto. 

 

 

Formada em matemática, seus trabalhos em conjunto sobre funções convexas tiveram repercussão internacional e, em 1951, foi eleita para a Academia Brasileira de Ciências, sendo efetivamente a primeira mulher a ingressar nos quadros da instituição.

 

 

Nascida Marilia Magalhães Chaves em 24 de fevereiro de 1921, em Santana do Livramento no Rio Grande do Sul. Tendo se distinguido nos estudos, veio em 1943 para o Rio de Janeiro cursar a Escola Politécnica da Universidade do Brasil. Nessa escola foi colega de turma de Maurício Peixoto, um dos mais importantes matemáticos brasileiros, com quem casou em 1946, depois da colação de grau como engenheira. Teve dois filhos: Marta e Ricardo. Sua dedicação aos estudos a tinha distinguido durante o curso na Faculdade e, assim, ingressou como docente na Escola Politécnica; juntamente com seu marido Mauricio, ambos brilhantes pesquisadores, trabalharam e dirigiram o Gabinete de Mecânica daquela instituição.

 

 

Seus trabalhos em conjunto sobre funções convexas tiveram repercussão internacional e, em 1951, a professora Marília foi eleita para a Academia Brasileira de Ciências, sendo efetivamente a primeira mulher a ingressar nos quadros daquela instituição. Em 1959 publicou nos Anais da Academia Brasileira de Ciência, em conjunto com Maurício, o trabalho “Structuralstability in the plane with enlarged boundary conditions”. O teorema Peixoto, como ficou conhecido, trata da caracterização dos sistemas estruturalmente estáveis em variedades bidimensionais.

 

 

A primeira mulher a entrar na ABC foi Marie Curie, em 1926, na categoria de associada estrangeira, mas Marília foi a primeira mulher brasileira a ingressar nessa academia. Atuou como professora de Cálculo e Mecânica na Escola Nacional de Engenharia e em cursos especiais no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Publicou pela Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro um livro sobre Cálculo Vetorial. Faleceu ainda jovem, mas sua dedicação à matemática e seu talento não passaram despercebidos da comunidade que começava a se formar.

 

 

Marília Chaves Peixoto faleceu prematuramente no dia 5 de janeiro de 1961.

 

 

(Fonte: http://zip.net)

(Fonte: http://protec.org.br/senai – SENAI / NOTÍCIAS / Mulheres foram chave no desenvolvimento da ciência do Brasil – 08/03/2019)

(Fonte: http://www.scielo.br/scielo – Hist. cienc. saude-Manguinhos vol.13 no.4 – Rio de Janeiro – Oct./Dec. 2006)

(Fonte: http://www.cnpq.br/web/guest/pioneiras- Portal CNPq – Geral – Programas – Mulher e Ciência – Eventos – Pioneiras)

Fontes: Entrevista com Maurício Peixoto concedida a Hildete Pereira de Melo nos dias 23 e 28 de setembro de 2005. Elaborado por Hildete Pereira de Melo e Ligia M.C.S.Rodrigues.

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