Marius Ivanovich Petipa (Marselha, França, 11 de março de 1818 – Hurzuf, Ucrânia, 14 de julho de 1910), o homem que ergueu e tornou conhecida e respeitada escola russa.
Primeiramente, ele treinou os alunos russos para substituírem as estrelas estrangeiras contratadas para os papéis principais das obras apresentadas.
Logo, trabalhou em uma técnica especialmente russa, criando uma escola e bailarinos reconhecidos por sua técnica clássica em quase todo o mundo.
Além disso, Petipa foi o criador da maior parte dos Ballets de Repertório preservados até hoje.
São eles: Dom Quixote, de 1869; La Bayadère, de 1877; A Bela Adormecida, de 1890; O Lago dos Cisnes, de 1895; e Raymonda, de 1898. Além desses, Petipa remontou grandes ballets já reconhecidos na época, como Giselle, em uma versão especialmente russa.
Era sua característica montar obras que fugiam um pouco do espírito do romantismo, pois recheava seus atos com números que não tinham muito a ver com a história que estava sendo contada. Esses números não se desviavam suficientemente da obra para enfraquecê-la, mas tornavam os ballets de Petipa ricos superespetáculos.
Sua parceria mais brilhante foi com Tchaikóvsky, em A Bela Adormecida.
A Partir de 1887, Petipa integrou a seu estilo as novidades vindas da Itália, sob pena de sair de moda.
Após essa data, seus ballets expressam a virtuosidade formal italiana, e tramas um pouco mais simples.
Por isso, foi criticado por escolher os temas de suas obras não pelo valor, mas pelas possibilidades cênicas que ofereciam. É verdade que o coreógrafo valorizava a técnica e as formas, mas o abandono da poesia e da sensibilidade, como aconteceu no início do século XVII, foi tão leve que se tornou insuficiente para tirar o brilho dos grandes ballets que criou. Tão imenso é esse brilho, que esses ballets encantam as platéias e influenciam bailarinos e coreógrafos até hoje, século XXI.
(Fonte: http://www.dicasdedanca.com.br/marius-petipa – Marius Petipa – abril 23rd, 2009)
(Fonte: Zero Hora – ANO 45 – Nº 15.970 – 23 de maio de 2009 Arte na ponta do pé/ Por Juliana Vicari – SEGUNDO CADERNO – Pág; 1)