Famosa pelas pornochanchadas nos anos 70, atriz foi descoberta aos 13 anos na Bahia
Marlene França Ippolito (Uauá, Bahia, 5 de agosto de 1943 – Atibaia, São Paulo, 23 de setembro de 2011), atriz baiana que vendeu frutas na feira
Descoberta aos 13 anos enquanto trabalhava vendendo doces em uma feira, a atriz estreou no cinema no filme “Rosa dos Ventos”, de Alex Viany, em 1957. Sua consagração veio em 1960, ao atuar ao lado de Mazzaropi em “Jeca Tatu”.
Trabalhou também com Walther Hugo Khoury, Luiz Sérgio Person, Carlos Coimbra, Roberto Santos, Ozualdo Candeias, entre outros. No teatro, foi dirigida por Oswaldo Mendes em Sinal de Vida, em 1979.
Marlene França foi descoberta enquanto vendia frutas em Feira de Santana (BA). Sua beleza impressionou o cineasta Alex Viany, que rodava um trabalho na cidade, naqueles anos 50. A jovem foi chamada para as filmagens. A iniciativa mudou radicalmente a vida da baiana nascida em Uauá, município com 24.294 habitantes hoje.
De uma família retirante, de dez irmãos, era filha de uma doméstica e de um lavrador. Com os pais e os irmãos, rodou por várias cidades de São Paulo e da Bahia, trabalhando para ajudar em casa. Após a primeira experiência com o cinema, mudou-se para São Paulo, onde correu atrás do sonho de ser atriz.
Dos anos 50 aos 80, acabaria atuando em mais de 40 filmes, como “Jeca Tatu”, ao lado de Mazzaropi, “Lampião, o Rei do Cangaço” e “O Bem Dotado: O Homem de Itu”. França fez sucesso durante as décadas de 60 e 70, tendo atuado em mais de 40 filmes em toda carreira. Após uma série de filmes rurais, virou estrela das pornochanchadas na década de 70.
Em 1973 recebeu o prêmio Governador do Estado graças a seu trabalho no longa “A Noite do Desejo” (1973) com Fausto Rocha e, direção de Fauzi Mansur. Já “Crueldade Mortal”, de 1976, a rendeu um prêmio no Festival de Gramado.
Como diretora, sua filmografia abrange três curtas-metragens: “Frei Tito” (1983), “Mulheres da Terra” (1985) e “Meninos de Rua” (1988). Trabalhou nas TVs Excelsior e Tupi e também atuou no teatro.
Também fez teatro, TV (passou pela Excelsior e Tupi) e chegou a cantar numa boate. Por suas atuações, ganhou prêmios (Governador do Estado e no Festival de Gramado). A partir dos anos 80, começou a dirigir documentários, como “Frei Tito”. Foi casada com o cineasta Milton Amaral e, desde a década de 60, com o empresário Angelo Andrea Ippolito, membro da família Matarazzo, com quem teve três filhos e viveu até o fim da vida.
Marlene França faleceu em 23 de setembro de 2011, de 69 anos, após sofrer um ataque cardíaco em sua casa em Atibaia.
(Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/cultura/cinema – n1597255628828 – CULTURA – CINEMA – iG São Paulo | 04/10/2011)
(Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2011/09/27 – BRASIL – ESTÊVÃO BERTONI DE SÃO PAULO – 27/09/2011)
(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral – GERAL – CULTURA – O ESTADO DE S.PAULO – 26 Setembro 2011)