Historiador escreveu vários volumes sobre o Holocausto, a I e II guerras mundiais e o século XX.
Martin Gilbert (Londres, 25 de outubro de 1936 – Londres, 3 de fevereiro de 2015), biógrafo do primeiro-ministro britânico Winston Churchill e um membro da comissão de inquérito sobre a guerra no Iraque.
Além de ter sido o biógrafo oficial de Churchill, Martin Gilbert escreveu vários livros sobre o Holocausto, a primeira e segunda guerras mundiais e História do Judaísmo.
Além de ter sido o biógrafo oficial de Churchill, cuja última versão foi publicada em oito volumes, Martin Gilbert escreveu perto de uma centena de livros de História, com destaque para a primeira e segunda guerras mundiais, o Holocausto, o Judaísmo e a História de Israel – títulos disponíveis em português em sucessivas publicações da Bertrand, Dom Quixote, Alêtheia e Edições 70.
Foi em 1962, enquanto investigador da Universidade de Osford, que iniciou a sua obra sobre a vida do chefe do Governo britânico no tempo da guerra.
Um ano depois de ter sido nomeado investigador júnior na Merton College, em Oxford, Randolph, filho de Churchill, que estava a trabalhar na biografia do pai, convidou Martin Gilbert a juntar-se à sua equipe de pesquisa.
Após a morte de Churchill, em 1965, e com a aprovação de Randolph, Martin Gilbert escreveu a sua primeira obra sobre o antigo primeiro-ministro: um só volume intitulado “Winston Churchill” que foi publicado em 1966.
Depois de Randolph Churchill ter morrido, em 1968, foi convidado para retomar o seu trabalho e completar a biografia de Churchill, incluindo na obra documentos, o que o levou a publicar diversos volumes da biografia de Churchill ao longo dos 20 anos seguintes.
Mas foi o seu livro “O Holocausto”, mais do que o que escreveu sobre Churchill, que desencadeou “de longe a maior correspondência e contacto com pessoas que, de outro modo, nunca teria conhecido”, disse o próprio Martin Gilbert, acrescentando que tal lhe deu material e ideias que ele integraria em posteriores obras relacionadas com o Holocausto.
Em 1990 e 1995, Martin Gilbert foi distinguido pela rainha Isabel II sucessivamente com os títulos de Comandante e Cavaleiro da Ordem do Império Britânico.
Martin Gilbert morreu em 3 de fevereiro de 2015, aos 78 anos, em Londres.
Martin Gilbert “morreu tranquilamente”, após “uma longa e grave doença”, precisou John Chilcot, descrevendo-o como “um historiador extraordinariamente importante”, de cuja “sabedoria e perspicácia” o inquérito Chilcot beneficiou, e transmitindo as suas “condolências pessoais” à família.
John Chilcot informou os membros do parlamento britânico da morte de Sir Martin ao comparecer perante uma comissão da Câmara dos Comuns, a comissão dos Negócios Estrangeiros, à qual foi chamado para explicar o atraso na divulgação do relatório oficial do inquérito.
O Fundo de Educação sobre o Holocausto também reagiu à morte de Martin Gilbert, dizendo, na rede social Twitter: “Muito triste por saber da morte de Sir Martin Gilbert, destacado historiador do Holocausto e nosso grande amigo. Os nossos pensamentos estão com a sua família”.
(Fonte: http://www.dn.pt/inicio/artes – ARTES – 04 fevereiro 2015)
(Fonte: http://www.publico.pt/culturaipsilon/noticia – PÚBLICO – 04/02/2015)