Massimo Gentile, designer gráfico italiano, era diretor de arte do jornal “Il Secolo XIX”

0
Powered by Rock Convert

 

 

 

Massimo Gentile (Roma, 16 de maio de 1962 – Gênova, 30 de março de 2015), designer gráfico italiano, era diretor de arte do jornal “Il Secolo XIX”. Do final dos anos 1990 a 2006, foi editor de “Arte” da Folha de S.Paulo, onde ajudou a criar o projeto gráfico do jornal que vigorou até 2010. Gentile, que continuou colaborando com a Folha até o ano passado, nasceu em Roma em 16 de maio de 1962. Depois de estudar na Faculdade de Letras e Filosofia da Universidade La Sapienza, na capital italiana, ele iniciou sua carreira de designer no jornal romano “Paese Sera”.

Em 1998, Gentile se mudou para o Brasil, onde primeiro trabalhou no projeto gráfico da extinta revista “Manchete”, no Rio, e depois se mudou para São Paulo, onde começou a trabalhar na Folha a convite do designer, também italiano, Vincenzo Scarpellini (1965-2006), então editor de “Arte” do jornal.

“Uma das maiores marcas do trabalho dele era seu refinamento tipográfico. Ele dedicava muita atenção a isso”, diz Mário Kanno, editor-adjunto de “Arte” da Folha. “Muito do que fazemos ainda nas capas da ‘Ilustrada’ tem influência direta do trabalho dele. Esse é o seu grande legado, além de ter formado uma geração de designers aqui no jornal.” Em seu trabalho autoral, Gentile acabara de se inspirar em grandes nomes da história das artes visuais para compor uma série de releituras.

 

Em seu site, Bolditalic, cujo nome é um trocadilho com seu peso e origem italiana – “bold” é o termo em inglês para negrito e “italic” é itálico, referência a um tipo de fonte e ao país peninsular europeu -, Gentile publicou muito de sua obra pessoal, também marcada por releituras de capas de discos. Outro legado importante de Gentile é o desenvolvimento do projeto gráfico usado pela Folha entre 2006 e 2010, criado em parceria com o designer gráfico cubano Mario García, com quem Gentile seguiu trabalhando ao assumir seu cargo no “Il Secolo XIX”, de Gênova. “Foi um grande encontro dele com o Mario García, e o projeto todo foi desenvolvido dentro do jornal.

 

Ele valorizou o papel da editoria de ‘Arte’, trouxe a importância do design gráfico para as notícias”, diz Fernanda Giulietti, uma das diagramadoras da Folha. “Ele defendia também que designer de jornal tinha de ser jornalista, não podia ser alheio à notícia.” Na Folha, Gentile ainda é lembrado por profissionais pela personalidade forte e a falta de cerimônia.

Certos bordões são repetidos ainda hoje, como “non funziona” (não funciona), “bianchino” (referência aos espaços deixados em branco na diagramação) “não bom” para descrever as qualidades ou falta delas numa página. “O Massimo foi um raro designer, com alto grau de sofisticação no tratamento gráfico com muita habilidade para trabalhar com tipos de letras e com a composição de cores e formas”, lembra Fabio Marra, editor de “Arte” da Folha. 

Massimo Gentile morreu em 30 de março de 2015, aos 52, em Gênova, em decorrência de um mal estar súbito.

 

(Fonte:  https://www.bemparana.com.br/noticia/379694 – Televisão e Gente – SILAS MARTÍ SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – 30/03/15)

 

 

 

Powered by Rock Convert
Share.