Michael Sata (Mpika, Zâmbia, 6 de julho de 1937 – Londres, 28 de outubro de 2014), presidente da Zâmbia conhecido como “Rei Cobra” em razão dos comentários maldosos. A Zâmbia era colônia do Reino Unido.
Sata foi o quinto chefe de Estado desde a independência da Zâmbia, que completou 50 anos dia 24 de outubro, em festejos que não contaram com a presença do presidente, que já estava em Londres. O governante deixou o país dois dias antes das comemorações na ex-colônia britânica, no último dia 24, e também não compareceu à Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York.
Sata, que era chamado de “Rei Cobra” por sua agressividade verbal, chegou ao poder em setembro de 2011, após desbancar Rupiah Banda da presidência da Zâmbia, que buscava a reeleição para um mandato de cinco anos.
Nascido em julho de 1937 em Mpika, que era então parte da colônia britânica da Rodésia do Norte, Sata foi policial, ferroviário e sindicalista antes de entrar na política em 1963, um ano antes da independência da Zâmbia.
Após uma longa carreira política, o “Rei Cobra” foi candidato nas eleições de 2006, onde se apresentou como defensor dos pobres, e concorreu com Levy Mwanawasa, que o venceu naquela ocasião, mas que acabaria morrendo em agosto de 2008 por um derrame cerebral.
O próprio Sata sofreu um ataque cardíaco em abril daquele ano, o que não o impediu de se candidatar às eleições de outubro de 2008, que terminou com a vitória de Rupiah Banda, por dois pontos de diferença.
Sata teve um relacionamento cheio de altos e baixos com investidores chineses sobre as minas da Zâmbia e outras infra-estruturas, criticando-os por serem exploradores, mas entoando discurso totalmente diferente após tomar posse como presidente.
Alguns críticos dizem que Sata estava cada vez mais intolerante como presidente. Um líder da oposição, Frank Bwalya, foi absolvido este ano das acusações de difamação depois de ter comparado Sata a uma batata local cujo nome é uma gíria para alguém que não sabe escutar.
Sata nasceu em Mpika no que era então a Rodésia do norte e trabalhou como policial e sindicalista sob domínio colonial. Ele também treinou para piloto na Rússia. Após a independência, em 1964, ele se juntou ao Partido Nacional Unido Independente de Kenneth Kaunda, tornando-se governador da cidade de Lusaka e também da província, em 1985.
Ele saiu do partido de Kaunda em 1991 e juntou-se ao recém-formado Movimento pela Democracia Multipartidária, chegando a parlamentar do partido por dez anos, ministro do governo local, do trabalho, segurança social e da saúde.
Em 2001, ele deixou o partido para formar o Frente Patriótica. Em 2008, o político sofreu um derrame e foi para a África do Sul se submeter a tratamento. No mesmo ano, o presidente Levy Mwanawasa morreu na sequência de um acidente vascular cerebral e uma eleição especial realizada mais tarde viu Sata perder por pouco para Rupiah Banda, que havia sido vice-presidente de Mwanawasa.
A mulher de Sata é médica e o casal teve oito filhos. O líder apresentou Christine na abertura do parlamento no mês passado como seu amor eterno.
“Ela tem me feito ficar de pé até agora”, ele disse. “Ainda estou vivo”.
Michael Sata morreu em 28 de outubro de 2014, no Hospital Rei Eduardo VII de Westminster em Londres, após lutar contra uma longa doença, aos 77 anos.
(Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2014-10-29 – MUNDO – Por |
(Fonte: noticias.terra.com.br/mundo – 0e48356fd0b59410VgnCLD200000b1bf46d0RCRD – NOTÍCIAS – MUNDO – 29 de outubro de 2014)