Estrela da música francesa nas décadas de 60 e 70
Jean-Michel Delpech (Courbevoie, 26 de janeiro de 1946 – Paris, 2 de janeiro de 2016), cantor e compositor francês, conhecido como Michel Delpech
O cantor francês Michel Delpech, que fez muito sucesso em seu país nas décadas de 1960 e 1970 antes de cair em uma profunda depressão que lhe manteve anos afastado dos palcos, nasceu em 26 de janeiro de 1946 em Courbevoie, uma cidade próxima a Paris, em uma família modesta, saltou à fama com apenas 18 anos, graças a seu disco “Chez Laurette”, de 1965.
Ídolo hippie à francesa nos anos 1970, Michel logo conheceu o sucesso, com “Chez Laurette”, em 1965.
Depois manteve o sucesso com “Wight is Wight”, “Pour un flirt” (ambos em 1968), “Les divorcés” em 1973 (em pleno debate sobre a liberalização do divórcio na França, que seria objeto de uma lei dois anos depois), “Que Marianne était Jolie”, “Le Chasseur” (em 1974), “Quand j’étais chanteur” (1975) e “Le Loir et Cher” (1977).
Sua vida saiu dos trilhos em 1978, quando, após uma dolorosa separação da mãe de seus dois filhos, Chantal Simon, se afundou em uma profunda depressão da qual tentou sair com um giro espiritual, primeiro para o budismo e depois para o catolicismo.
Voltou plenamente à atividade musical em 1985 com seu álbum “Loin d’ici” e sua segunda mulher, Geneviève Garnier-Fabre, com a qual teve um filho em 1990. “O amor me ajudou a voltar a ficar de pé”, dizia.
Com a chegada do século XXI, vários jovens músicos recuperaram seu legado e isso deu origem a um disco com alguns de seus clássicos em duetos com artistas como Clarika, Cali e Barbara Carlotti, que se transformou em um sucesso de vendas desde seu lançamento no final de 2006. Em 2012, interpretou a ele mesmo no filme “L’Air de Rien”.
No ano seguinte foi diagnosticado um câncer na garganta e na língua que lhe impediu de continuar cantando, embora nunca tenha abandonado a ideia de voltar a subir aos palcos.
Michel Delpech faleceu aos 69 anos, em 2 de janeiro de 2016, no Hospital de Puteaux, no subúrbio de Paris, provocou uma longa cadeia de reações do mundo da cultura, mas também de líderes políticos, começando pelo presidente da França, François Hollande.
“Michel Delpech morreu sem ter envelhecido – destacou Hollande em comunicado -. Suas canções nos comoveram porque falavam de nós. De nossas emoções e de nossos momentos difíceis. Refletiu melhor que ninguém os anos 70”.
No livro “Vivre!”, lançado em março de 2015, ele contou sua batalha contra o câncer e seu medo de não poder mais cantar.
A doença apareceu, pela primeira vez, em fevereiro de 2013 e, nos últimos meses, o cantor sofreu uma recaída.
Em seu livro-testamento, “Vivre”, publicado em 2015, Delpech dizia que nesses anos “não sabia nada da vida, além de cantar, ganhar dinheiro e ir para cama com mulheres”.
Na publicação, o cantor também explicava seus excessos: “Me dediquei ao álcool, a algumas drogas. Fumei muito. Não levei a vida mais saudável do mundo, mas era uma vida muito criativa, feliz”.
(Fonte: http://g1.globo.com/musica/noticia/2016/01 – MÚSICA – Da AFP – 02/01/2016)
(Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/europa – c042f5042c6b76db835c2cf98e3a82549aqrxcce – MÚSICA – MUNDO – EUROPA – 2 JAN 2016)