Cantor e compositor nativista
Artista era fundador do Festival da Barranca
Músico tradicionalista Miguel Bicca integrou o grupo Os Angueras e foi um dos fundadores do Festival da Barranca.
Miguel Bicca (Cachoeira do Sul, 1º de janeiro de 1941 – São Borja, no Noroeste do Rio Grande do Sul, 21 de julho de 2021), cantor, compositor e poeta, um dos mais conhecidos cantores e compositores do nativismo gaúcho, artista nativista foi o fundador do Festival da Barranca
Natural de Cachoeira do Sul, no Centro do estado, Miguel Antonio Bicca nasceu em 1º de janeiro de 1941. O artista se mudou ainda jovem para São Borja. Na cidade, integrou o grupo amador de arte Os Angueras.
Em 1963, junto com Apparício Silva Rillo, Carlos Crispim Moreno (o “Pimpim”), Antônio Carlos Lara de Souza (o “Caco”), Ernando Garcia Coelho, com o irmão José Lewis Bicca, fundaram o Grupo Amador de Arte Os Angüeras. Junto com Silva Rillo também foi um dos fundadores do Festival da Barranca, atrativo de celebridades musicais, políticas e empresariais na Semana Santa.
Bicca é um dos fundadores do Festival da Barranca, realizado nas margens do Rio Uruguai. De acordo com a página do grupo, o evento foi realizado, pela primeira vez, em 1972, na Semana Santa.
Compositor e intérprete, é conhecido por canções como “Rio da Infância” e “O Guassupiano”. Miguel Bicca venceu festivais como o Tertúlia e o Sinuelo da Canção.
Miguel Antônio Bicca se mudou aos 18 anos para São Borja, onde foi um dos fundadores do Festival da Barranca. Também foi membro do Grupo Amador de Arte Os Angüeras, ao lado de Apparício Silva Rillo, Carlos Crispim Moreno, Antônio Carlos Lara de Souza, Ernando Garcia Coelho e o irmão José Lewis Bicca.
Após 15 anos como compositor, ritmista e vocalista do grupo, seguiu em carreira solo. Bicca participou de festivais como a Tertúlia, o Sinuelo da Canção, entre outros. Em 1979, lançou o livro Estradeando, pela editora Tchê. Em 2020, a obra foi relançada pela editora Alcance. Em sua carreira musical que abrange também Santa Maria, estão músicas consagradas como Rios e Rumos, Viramato, Janaina, Barco Perdido, Atirado às Traças, entre outras.
Autor de canções como Guassupiano, Costeiro, Cantiga de Rio e Remo e João Campeiro, Bicca também teve uma longa carreira solo e participou de diversos festivais nativistas, incluindo a Tertúlia e o Sinuelo da Canção. Suas composições abordam, principalmente, a temática do Rio Uruguai e a vida no campo.
Além da música, Bicca editou o livro Estradeando, em 1979, que traz poemas e contos escritos por ele. Nos últimos meses, amigos e familiares relançaram a obra, vendendo exemplares como forma de ajudar a custear o tratamento do artista.
Miguel Bicca foi considerado um dos percussores da música nativista no Rio Grande do Sul e entre os discos gravou Costeiro, em vinil, e remasterizado em CD, Meus Rios e Veredas. Suas canções abordam principalmente a temática do rio Uruguai, da vida nas barrancas, além de tratarem da mulher gaúcha e a vida no campo.
Nos últimos tempos estava morando em Santa Maria e seu principal parceiro nas composições era Sabani Felipe de Souza, com quem lançou o CD Paleteando.
Miguel Bicca faleceu em 21 de julho de 2021, aos 80 anos, em decorrência de um câncer no pulmão no Hospital Ivan Goulart, em São Borja, no Noroeste do Rio Grande do Sul.
estava internado em São Borja para o tratamento de um câncer de pulmão.
Em postagem nas redes sociais, a prefeitura de São Borja lamentou a morte do artista, afirmando que ele “deixa em seu legado, a representatividade da música e da cultura gaúcha, que certamente será preservada por seus familiares, amigos, conhecidos, companheiros de palco e admiradores”.
Já o músico e colunista de GZH César Oliveira descreveu Bicca como “um dos seres mais dedicados à propagação da nossa cultura com todos os valores e princípios que ela carrega”. “Protagonista de sua própria história, Miguel Antônio Bicca, natural de Cachoeira do Sul e criado em São Borja, adorava cantar o campo e o Rio Uruguai exaltando e retratando a lida do povo gaúcho. Miguel Bicca, autor da obra ‘Então Vai Ser do Seu Jeito’, onde retratava justamente esse momento da passagem da vida terrena do homem para junto ao Patrão Celestial. Fique em paz, meu irmão”, escreveu o artista.
(Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/cultura-e-lazer/musica/noticia/2021/07 – CULTURA E LAZER / MÚSICA / NOTÍCIA – 21/07/2021)
(Fonte: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2021/07/21 – RIO GRANDE DO SUL / NOTÍCIA / Por G1 RS e RBS TV – 21/07/2021)
(Fonte: http://www.radioculturaam1260.com.br/noticias/noticia – NOTÍCIA / SÃO BORJA / por Anelise – 21/07/2021)
(Fonte: GAÚCHAZH – ANO 58 – N° 20.080 – 22 DE JULHO DE 2021 – MEMÓRIA / TRIBUTO – Pág: 27)