O diretor húngaro Miklós Jancsón colocou a Hungria no circuito dos filmes de sucesso
Miklós Jancsó (Budapeste, 27 de setembro de 1921 – Budapeste, 31 de janeiro de 2014), cineasta húngaro vencedor do prêmio de melhor direção no Festival de Cannes, em 1972, com o filme Salmo Vermelho.
Nascido em 27 de setembro de 1921, em Budapeste, estudou Direito e Etnografia antes de cursar a Escola Superior de Cinema de Budapeste, recebendo o diploma em 1950.
Responsável por mais de 30 filmes e quase 50 peças em sua carreira, Jancsó era conhecido por suas longas tomadas, sem cortes, e as reflexões sobre o relacionamento entre homens comuns e poderosos. Seu primeiro filme para o cinema, Os sinos foram para Roma (A Harangok Rómába Mentek), de 1958, foi realizado aos 37 anos.
Além do prêmio por Salmo Vermelho, ele foi indicado outras quatro vezes como melhor diretor em Cannes, a primeira delas por seu trabalho em Os Sem Esperança (1965). Aos 57 anos, o cineasta recebeu um prêmio pelo conjunto da obra, também em Cannes.
Anos mais tarde, Jancsó mudou seu estilo e passou a usar o caos como a base de seus filmes, o que o fez obter menos sucesso comercial.
Além de diretor, ele era presidente do sindicato dos diretores da Hungria e concorreu diversas vezes ao Parlamento como um candidato liberal.
Casado três vezes, e com quatro filhos, seguiu a roteirista Giovanna Gallardo até a Itália, onde viveu por uma década e dirigiu uma série de filmes italianos.
Miklós Jancsó morreu em 31 de janeiro de 2014, de câncer no pulmão, aos 92 anos, em Budapeste.
(Fonte: Zero Hora – ANO 50 – N° 17.645 – TRIBUTO – 1° de fevereiro de 2014)