O compositor Santos: mestre do jazz
O músico Moacir Santos (Pernambuco, 11 de julho de 1926 Califórnia, 6 de agosto de 2006), cujo álbum Coisas, de 1965, foi eleito pelo jornal americano The New York Times um dos 100 discos mais importantes de jazz. Saxofonista, compositor, arranjador e maestro, Santos ficou conhecido internacionalmente por disseminar a bossa nova e a MPB. Santos morreu dia 6, aos 80 anos, em consequência de um derrame, na Califórnia.
(Fonte: Veja, 16 de agosto de 2006 Edição 1969 ANO Nº – Datas Pág; 84)
Nascido no sertão pernambucano, começou a tocar clarinete aos 11 anos. Ainda adolescente foi para Recife e em seguida excursionou com um circo pelo interior do estado e tocou em bandas.
Nos anos 40 trabalhou na Bahia, Ceará e Paraíba. Por essa época aprendeu a tocar saxofone. Juntou-se à Orquestra Tabajara de Severino Araújo e foi para o Rio de Janeiro em 1948. Logo foi contratado pela Rádio Nacional, onde permaneceu por 19 anos.
Além de instrumentista, atuava também como maestro e arranjador. Foi professor de Roberto Menescal, Nara Leão, Sergio Mendes e outros, e nos anos 50 e 60 compôs em parceria com músicos como Vinicius de Moraes e Mário Telles.
É considerado um dos grandes mestres da renovação harmônica da MPB. Seu primeiro disco, “Coisas”, foi lançado em 1965 pelo selo Forma com todas as dez faixas numeradas com esse nome. Mais tarde fez trilhas para cinema, trabalho que o levou para os Estados Unidos, para onde se mudou.
Lá trabalha com cinema, é professor de música e passou a se interessar também por música erudita. Gravou discos pela gravadora Blue Note e vem esporadicamente ao Brasil, onde já recebeu diversas homenagens.
Entre suas composições mais célebres e gravadas estão “Nanã” (com Mário Telles), “Menino Travesso”, “Triste de Quem” e “Se Você Disser que Sim”, todas com Vinicius de Moraes. O parceiro Vinicius o homenageou no “Samba da Bênção” (com Baden Powell): “Moacir Santos/ tu que não és um só, és tantos/ como este meu Brasil de todos os santos”).
(Fonte: www.cliquemusic.uol.com.br/artistas)
Moacir Santos, maestro, arranjador, instrumentista, compositor e professor pernambucano. Foi professor de Nara Leão, Baden Powell, Paulo Moura, Eumir Deodato, Airto Moreira, entre outros. Compôs, com Vinicius de Moraes, clássicos como “Triste de Quem”, “Lembre-se” e “Se Você Disser Que Sim”.
É pouco para que seja conhecido no Brasil, naturalmente, a não ser pelos ouvintes atentos do “Samba da Bênção” (1962), de Baden Powell e Vinicius de Moraes, que diz: “A bênção, maestro Moacir Santos/Que não és um só, és tantos/ como o meu Brasil de todos os santos(…)”. És tantos, mas para poucos, num país onde santos de casa não são muitos….
Seu talento foi reconhecido – coincidência! – quando ele fixou residência fora do Brasil, em 1960, e passou a lecionar música na Califórnia. Um belo dia, foi “descoberto” pelo pianista de jazz Horace Silver e começou a gravar para o mercado norte-americano. Fez grandes discos pela Blue Note e pela Discovery, como The Maestro (1972), Saudade (1973) e Carnaval dos Espíritos (1975).
O maestro voltou a ser rara notícia nos meios musicais brasileiros com o lançamento, em maio, do CD duplo “Ouro Negro”, com 28 faixas, no qual mostra toda sua inventividade e atualidade.
(Fonte: www.ig.com.br)