Mohamed Al-Fayed, ex-dono da Harrods e do Fulham FC
Al-Fayed era pai de Dodi Al-Fayed, que morreu em acidente de carro com a princesa Diana, namorada dele, em 1997
(Getty Images/Mike Marsland/WireImag e)
Mohamed Al-Fayed, em foto tirada em 2015, em Londres
Mohamed Al-Fayed (nasceu em Alexandria, no Egito, em 1929 – faleceu de velhice, em 30 de agosto de 2023), empresário egípcio, ex-dono da loja de departamentos Harrods e do clube inglês Fullham FC. A equipe subiu da terceira divisão para a Premier League sob sua gestão.
O bilionário, que tinha fortuna estimada em US$ 2 bilhões (cerca de R$ 9,9 bilhões, na cotação atual) pela Forbes, nasceu construiu um império empresarial no Oriente Médio antes de se mudar para o Reino Unido na década de 1970. Entretanto, ele nunca conseguiu conquistar seu desejo de ter passaporte e nacionalidade britânica.
Quando jovem, morando na cidade egípcia de Alexandria, Al Fayed teve uma guinada quando conheceu sua primeira esposa, Samira Khashoggi. Ela era irmã do milionário comerciante de armas saudita Adnan Khashoggi — que empregou Al Fayed em seu negócio com a Arábia Saudita.
A função ajudou-o a criar conexões no Egito e, embora o casamento tenha durado pouco mais de dois anos, Al Fayed lançou depois o seu próprio negócio de transporte marítimo.
Em 1966, tornou-se conselheiro de um dos homens mais ricos do mundo, o sultão de Brunei.
Tendo acumulado riqueza e experiência consideráveis, mudou-se para o Reino Unido em 1974.
Um pouco mais de dez anos depois, Al Fayed e o irmão comprariam a Harrods, em 1985, por 615 milhões de libras, após uma violenta disputa de ofertas com o conglomerado de mineração do grupo Lonrho. A loja foi vendida para o fundo soberano do Catar em 2010.
Ansioso por garantir uma posição de prestígio nos escalões mais elevados da sociedade britânica, o egípcio havia comprado ainda no final dos anos 70 o icônico hotel Ritz, em Paris, com o seu irmão Ali, por 20 milhões de libras.
Foi do hotel que Dodi, um produtor de filmes, e Diana partiram antes de sofrerem o acidente de carro em 1997.
Ainda amargurado com a morte do filho, Al Fayed financiou em 2011 um documentário intitulado Unlawful Killing (assassinato ilegal, e, tradução livre), que reiterava as suas teorias da conspiração sobre o acidente de Paris.
Apesar de ter sido exibido no festival de Cannes, problemas legais impediram a distribuição ampla da produção.
Al Fayed nunca perdoou seu país de adoção por ter lhe recusado a cidadania que tanto desejava. As acusações sobre a morte de Dodi e Diana foram vistas por muitos como uma vingança contra um sistema que nunca o aceitou como um dos seus.
Trajetória
Mohamed Al-Fayed nasceu em Alexandria, no Egito, em 1929. Filho de uma professora, ele lançou o próprio negócio de transporte marítimo em seu país natal e, depois, se tornou conselheiro de um dos homens mais ricos do mundo à época, o Sultão do Brunei, em 1966.
Se mudou para o Reino Unido na década de 1970 e, em 1975, se juntou ao conselho da mineradora Lonhro, função que exerceu por apenas nove meses. Anos mais tarde, junto ao irmão, Ali, comprou o Paris Ritz Hotel. O próximo passo dos irmãos foi comprar a Harrods em oferta pública de aquisição por £ 615 milhões, em 1985, que foi vendida em 2010 para a Qatar Holding.
Antes disso, em 1997, o empresário adquiriu o Fulham, clube de futebol do oeste de Londres, por £ 6,25 milhões. Mas, em 2013, o vendeu para bilionário norte-americano Shahid Khan por US$ 300 milhões.
Pai de Dodi Al-Fayed
Al-Fayed se casou com a socialite e ex-modelo finlandesa Heini Wathén em 1985, com quem teve outros quatro filhos: Jasmine, Karim, Camilla e Omar. Após a morte de Dodi, ele travou uma longa batalha para provar que o acidente com a princesa Diana não foi apenas um acidente, e sim uma “obra” orquestrada por serviços de segurança britânicos.
A teoria do empresário, no entanto, foi refutada pela polícia francesa, que concluiu que a batida realmente se tratou de um acidente causado por excesso de velocidade e de álcool no sangue do condutor do veículo, Henri Paul.
Mohamed Al-Fayed e Diana se tornaram amigos devido a patrocínio de instituições de caridade e eventos com a presença de membros da família real.
Mohamed Al-Fayed faleceu aos 94 anos, conforme anunciou o Fullham em comunicado na sexta-feira (1). A morte, no entanto, aconteceu na última quarta.
“A Sra. Mohamed Al-Fayed, os seus filhos e netos desejam confirmar que o seu amado marido, pai e avô, Mohamed, faleceu pacificamente de velhice na quarta-feira, 30 de agosto de 2023″, disse o clube. “Ele desfrutou de uma aposentadoria longa e plena, cercado por seus entes queridos. A família pede que sua privacidade seja respeitada neste momento”.
A morte do bilionário, acontece quase 26 anos depois do acidente de carro que matou o filho mais velho dele, Dodi Al-Fayed, e a princesa Diana, com quem Dodi namorava, em 1997.
(FONTE: https://forbes.com.br/forbes-money/2023/09 – FORBES MONEY/ por Redação – 1° de setembro de 2023)
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(Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/articles – NEWS BRASIL – 1 setembro 2023)