Moshe Dayan (Deganya, 20 de maio de 1915 – Tel Aviv, 16 de outubro de 1981), militar e político, herói de guerra israelense. Militar brilhante e audacioso, duas vezes vencedor dos exércitos árabes, foi um dos raros generais épicos do pós-guerra.
Alternadamente admirado e criticado, ao longo de sua vida, mas nunca amado nacionalmente – que ao morrer a 16 de outubro, com 66 anos, roído por um câncer estomacal, privou o mundo de uma das mais vistosas personalidades das últimas décadas – detestava o lendário tapa-olho preto que parecia rachar ao meio sua fisionomia orgulhosa.
Ele se vira forçado a usar a venda desde 1941, ao ter o olho esquerdo varado por uma bala quando lutava na Síria, ao lado dos ingleses, contra os franceses de Vichy. Ao morrer Dayan não deixou seu país em prantos. Aliás, não desejava o reconhecimento oficial. “Não quero que coloquem meu nome em nada, nem discursos, nem retratos”, pedira em 1980. “Homenagens póstumas são bobagem. Ou você está vivo ou não.”
(Fonte: Veja, 30 de dezembro de 1981 – Edição 695 – Memória – Pág; 145)
Moshe Dayan, foi herói da guerra, estadista em tempos de paz e representante da sobrevivência de Israel em um mundo árabe hostil. Ex-ministro, colaborou na elaboração do acordo de paz da Camp David entre Israel e o Egito.
Dayan, que foi ministro das Relações Exteriores até outubro de 1979 e mantinha cadeira no parlamento, havia passado o dia numa sala de terapia intensiva da unidade cardíaca do hospital Tel Hashomer, onde havia sido internado.
Dayan faleceu de infarto de miocárdio aos 66 anos, às 20h20min, em Tel Aviv de cordo com sua filha Yael.
(Fonte: Zero Hora – ANO 48 – N° 16.813 – 17 de outubro de 1981/2011 – Há 30 anos em ZH – Pág: 35)