Nagisa Oshima, cineasta japonês diretor de filmes como O império dos Sentidos

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Nagisa Oshima, diretor de “O Império dos Sentidos”.

 

Nagisa Oshima

Um dos cineastas mais polêmicos e importantes do Japão, realizador de “O Império dos Sentidos” (FOTO: Reprodução)

 

O cineasta japonês Nagisa Oshima (Quioto, 31 de março de 1932 – Kanagawa, 15 de janeiro de 2013), diretor de filmes como “O Império dos Sentidos” e “Furyo, em Nome da Honra”.

Um dos cineastas mais polêmicos e importantes do Japão, realizador de “O Império dos Sentidos” sempre teve inegável prestígio com a crítica internacional.

Até a polêmica de seu O Império dos Sentidos (o primeiro filme de arte a ter cenas de sexo explícito), era conhecido apenas pela crítica francesa.

Considerado um dos diretores mais ousados e também mais controvertidos do Japão, Oshima foi nos anos 1960 um dos autores emblemáticos da chamada “nova onda” japonesa, e nas décadas posteriores se tornou um dos nomes de maior projeção do cinema de seu país.

Nascido em Okayama em março de 1932, Nagisa Oshima estudou Direito na Universidade de Kioto, onde se destacou por seu ativismo de esquerda e desenvolveu seu gosto pela literatura e pelo teatro.

Ao concluir seus estudos, entrou para uma produtora local, mas poucos anos depois, desencantado, criou sua própria companhia, que fracassaria comercialmente e o obrigaria a trabalhar para a televisão.

Nos anos 60 se consolidou como uma das figuras mais críticas da sociedade e da política de seu tempo, que denunciava em filmes que frequentemente tinham como protagonistas personagens rebeldes ou criminosos.

“O Império dos Sentidos” (1976) o consagrou em nível internacional. O filme, com um forte conteúdo sexual, foi censurado no Japão e rejeitado no Festival de Cinema de Nova York, mas obteve o Prêmio Internacional do Festival de Cinema de Cannes e um amplo reconhecimento internacional.

As obras do cineasta japonês foram objeto de homenagem em vários certames, entre eles o Festival de Internacional de Cinema de San Sebastián, que em novembro do ano passado anunciou que em sua próxima edição Oshima será objeto de uma retrospectiva que reunirá todos seus longas-metragens para o cinema.

O cineasta era casado com a atriz Akiko Koyama, que o acompanhava no momento de sua morte.
(Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/asia – MUNDO – ÁSIA – 15 de Janeiro de 2013)

(Fonte: Veja, 20 de agosto de 1980 – Edição 624 – CULTURA – Pág: 86)

 

 

 

 

 

Ele foi um dos responsáveis pela nova onda do cinema no Japão.

Nagisa Oshima (Quioto, 31 de março de 1932 – Kanagawa, 15 de janeiro de 2013), cineasta japonês, diretor de filmes como “O império dos sentidos” (1976) e “Furyo, em nome da honra” (1983).

Considerado um dos diretores mais ousados e controversos do Japão, Oshima foi, nos anos 60, um dos emblemáticos realizadores da chamada “nova onda” japonesa e, em décadas seguintes, tornou-se um dos nomes mais importantes do cinema de seu país.

Nasceu em 31 de março, em uma família aristocrática em Kioto. Na escola participou de várias atividades intelectuais e políticas.

Estudou direito na Universidade de Kioto, diplomando-se em 1954. No mesmo ano, começou a trabalhar na Shochiku como assistente de direção de Yoshitaro Nomura, Masaki Kobayashi e Hideo Oba.

Nesse período escreveu 11 roteiros e críticas de cinema com um forte interesse pelo cinema francês e polonês da época. Em 1959, fez seu primeiro filme. Já com seu quarto filme conseguiu problemas com a Shochiku, que acabou marcando a sua saída da companhia. Realizou a seguir filmes independentes.

Em 1965, criou sua própria produtora, Sozo-Sha, com a ajuda de sua esposa (a atriz Akiko Koyama) e de amigos. Dirigiu 12 filmes nesta companhia até a sua dissolução em 1972, aposentando-se.

Seu marcante sucesso veio de seu retorno da aposentadoria: O Império dos Sentidos, uma co-produção franco-japonesa de 1976, baseada em fato real, de 1933, ocorrido em plena ditadura militar. É sobre um casal que procura o amor absoluto e se consome em uma paixão física e sensorial, mas sem amor.

Escolhido como Melhor Filme do Ano pelos críticos de São Paulo e Rio, e liberado sem cortes pela censura brasileira (o que pouco tempo depois provocou o fim dela). Este é um caso único no mundo, até hoje: um filme onde as muitas cenas de sexo explícito não são gratuitas.

Ao contrário, é uma perfeita união de sensualidade dentro de uma obra de arte. Proibido no Japão (onde não se podia mostrar pelos pubianos), o filme foi produzido pelo francês Anatole Dauman.

O filme é “uma corrida em direção a morte”. O título original japonês seria traduzido como “corrida do amor”. Não é uma fita fácil, nem pretende provocar excitação. Embora haja cenas muito ousadas, a proposta é fazer uma alusão anárquica à cultura judaico-cristã que castrou o erotismo oriental, que era admitido pelo budismo.

Muito bem interpretado e realizado (repare como a luz é mais quente nos momentos de grande violência amorosa). Há algumas cenas, até hoje, ainda muito discutidas: o ovo colocado na vagina, a velha que morre de tanto sexo, a castração, o estrangulamento para aumentar o orgasmo. O filme perturbador, que segundo Oshima, é “a visualização do desejo”.

Em seus últimos filmes o diretor mesmo debilitado não perdeu nada do jovem Oshima que incomodava os homens da Shochiku, com temas polêmicos agora em ambos os lados do mundo. Mas, foi obrigado a trabalhar como jurado de televisão e em co-produções com a França, ficando por tempo demais afastado das telas.

Uma doença grave o deixou paralisado e em cadeira de rodas e foi assim que rodou seu ultimo filme, Tabu, sobre o homossexualismo entre os samurais, que concorreu em Cannes e teve bastante repercussão.. Novamente um assunto polêmico e proibido. Morreu de pneumonia dia 15 de janeiro de 2013.

Nagisa Oshima morreu aos 80 anos em um hospital de Kanagawa, ao sul de Tóquio, por causa de uma pneumonia, informou dia 15 de janeiro de 2013 a rede pública de televisão NHK.

(Fonte: http://www.dvdmagazine.com.br – Rubens Ewald Filho – 15/01/2013)
(Fonte http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2013/01 – EFE – POP & ARTE – CINEMA – 15 de janeiro de 2013)

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