Neiva Moreira, ex-presidente nacional do PDT, ex-deputado federal e jornalista.

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Neiva Moreira (Nova Iorque, (MA), 10 de outubro de 1917 – São Luís (MA), 10 de maio de 2012), ex-presidente nacional do PDT, ex-deputado federal e jornalista.

Filho de Antonio de Neiva Moreira e Luzia Guimarães Moreira, José Guimarães Neiva Moreira nasceu em Nova Iorque, município localizado a 496 quilômetros de São Luís, em 10 de outubro de 1917.
Fundou jornais como A Luz e A Mocidade, no Piauí. No Maranhão, trabalhou no Pacotilha e criou o Jornal do Povo, no qual tornou-se, desde a fundação, o maior porta-voz das oposições maranhenses. No Rio de Janeiro, passou pelos Diário da Noite e O Jornal, além da revista O Cruzeiro.

Sua carreira política começou em 1950, quando foi eleito deputado estadual no Maranhão pelas Oposições Coligadas, frente formada pela UDN, PSD, PR, PL, PTB e PSP. Durante o mandato, defendeu a criação da Petrobras e da Eletrobras e tornou-se líder da bancada de oposição.
Em 1955, foi eleito deputado federal pelo PSP e ajudou a fundar a Frente Parlamentar Nacionalista (FPN), grupo que condenava intervenção do capital estrangeiro na economia nacional e também a remessa de lucros para o exterior.

Reelegeu-se deputado federal em 1958 e 1962, ainda pelo PSP. Apoiou a Revolução Cubana de 1959 e o reatamento das relações diplomáticas e comerciais com a União Soviética em 1961, ano em que começou amizade com Leonel Brizola. Em 1964, defendeu o regime constitucional que garantia João Goulart como presidente.

Por sua atuação no Congresso, quando era um dos líderes da FPN, teve o mandato de deputado federal cassado em 9 de abril de 1964, por meio do Ato Institucional nº 1. Na época, a ditadura também proibiu a edição do Jornal do Povo. O deputado ficou preso no Rio de Janeiro e em Brasília. Depois, exilou-se na Bolívia, no Uruguai, na Argentina, no Peru e no México. A instauração de regimes militares provocava as mudanças. Em todos esses países, editou jornais ou revistas. No Uruguai, na companhia de Eduardo Galeano e outros, atuou na imprensa participativa, por meio dos jornais La Época e Marcha. Nesse período também ajudou a fundar a Cadernos do Terceiro Mundo, revista de cunho político e social, ao lado de jornalistas uruguaios e argentinos.

Em outubro de 1979, com a implantação da Anistia, Moreira finalmente voltou ao Brasil. Com a extinção do bipartidarismo, ele e Brizola, em 1980, fundaram o Partido do Trabalhismo Democrático (PTD), que logo depois tornou-se o Partido Democrático Trabalhista (PDT). No Rio de Janeiro, refundou a Cadernos do Terceiro Mundo.
Deputado federal de 1993 a 2007, foi presidente nacional do PDT e líder na Câmara por duas vezes.

A presidente Dilma Rousseff divulgou nota, lamentando a morte de Moreira. A presidente disse que “a política brasileira perdeu hoje (ontem) um de seus mais expressivos líderes”. Em nota de pesar, a presidente, que foi filiada ao PDT, afirmou que guardará “as boas lembranças” de sua convivência com Neiva Moreira. Neiva Moreira morreu vítima de insuficiência respiratória. Segundo nota divulgada pelo partido, ele estava internado no Hospital UDI, em São Luís (MA), desde o dia 31 de março, com infecção respiratória.
(Fonte: www.zerohora.clicrbs.com.br/rs – MEMÓRIA – N.° 17.018 – ANO 49 – 11/05/2012)

Neiva Moreira, ex-presidente nacional do PDT, ex-deputado federal e jornalista.

José Guimarães Neiva Moreira nasceu em Nova Iorque (544 km de São Luís) em 10 de outubro de 1917.

Fundou jornais como “A Luz” e “A Mocidade”, no Piauí. No Maranhão trabalhou no “Pacotilha” e criou o “Jornal do Povo”. No Rio de Janeiro, passou pelos “Diário da Noite” e “O Jornal”, e pela revista “O Cruzeiro”.

Sua carreira política começou em 1950, quando foi eleito deputado estadual no Maranhão pelas Oposições Coligadas, frente formada pela UDN, PSD, PR, PL, PTB e PSP.

Durante o mandato, defendeu a criação da Petrobras e da Eletrobras e tornou-se líder da bancada de oposição.

Em 1955, foi eleito deputado federal pelo PSP e ajudou a fundar a FPN (Frente Parlamentar Nacionalista), grupo que condenava intervenção do capital estrangeiro na economia nacional e a remessa de lucros para o exterior.

Reelegeu-se deputado federal em 1958 e 1962, ainda pelo PSP. Moreira apoiou a Revolução Cubana de 1959 e o reatamento das relações diplomáticas e comerciais com a União Soviética em 1961.

Em 1964, Neiva Moreira teve seu mandato cassado pelo governo militar no dia seguinte à edição do Ato Institucional nº 1. Em abril daquele ano, a ditadura proibiu a edição do “Jornal do Povo”.

O deputado cassado ficou preso no Rio de Janeiro e em Brasília. Depois exilou-se na Bolívia, no Uruguai, na Argentina, no Peru e no México. A instauração de regimes militares provocava as mudanças. Em todos esses países editou jornais ou revistas.

Em outubro de 1979, com a abertura política, Moreira finalmente voltou ao Brasil. Com a extinção do bipartidarismo, aliou-se a Leonel Brizola e em 1980 fundaram o Partido do Trabalhismo Democrático (PTD), que logo depois tornou-se o Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Foi deputado federal de 1993 a 2007. Neiva Moreira também foi presidente nacional do PDT e líder na Câmara por duas vezes.

O parlamentar foi casado duas vezes. Com Beatriz Juana Moreira, teve quatro filhos. Com Natália Moreira, teve um.

Neiva Moreira, 94, morreu dia 10 de maio de 2012.

Segundo nota divulgada pelo partido, ele estava internado no Hospital UDI, em São Luís (MA), desde o dia 31 de março por complicações respiratórias.

A presidente Dilma Rousseff divulgou nota de pesar sobre a morte declarando que “a política brasileira perdeu hoje um de seus mais expressivos líderes”.

“Neiva Moreira viveu intensamente a luta pelas liberdades no Brasil e lançou raízes do trabalhismo no país e em vários outros países latino-americanos. Como estudioso, ativista e escritor, sempre esteve ao lado dos povos oprimidos da região[…]. Particularmente, guardarei sempre comigo as boas lembranças de minha convivência com Neiva Moreira”, diz a nota.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br/poder – DANIEL CARVALHO DE SÃO PAULO – 10/05/2012)

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