Powered by Rock ConvertNewton Zarani, jornalista e um dos criadores do futsal
Após sucesso nas quadras, ele trabalhou no ‘Jornal dos Sports’ e foi pioneiro entre os comentaristas esportivos no rádio
- Nos anos 40 e 50, ajudou a inventar o futsal e fazê-lo crescer
- Fez carreira no América do Rio de Janeiro, como jogador, técnico e dirigente
Newton Zarani (Rio de Janeiro, 13 de janeiro de 1927 – 11 de maio de 2020), jornalista esportivo, creditado como um dos criadores do futebol de salão (hoje, futsal), foi a figura responsável por moldá-lo no esporte que é hoje, foi um dos fundadores do esporte nos anos 1950, quando a prática ainda era chamada de futebol de salão.
Zarani e um grupo de amigos fundaram a Federação Carioca de Futsal, a mais antiga do mundo, em 1954, e ele se tornou o primeiro atleta federado da modalidade. Durante toda a trajetória nas quadras, defendeu o America, onde também foi treinador, antes de se transferir para o Club Municipal.
A modalidade surgiu na quadra do América, na Tijuca, Zona Norte do Rio de Janeiro, onde também seria fundada por ele e outros amigos, em 1954, a primeira federação do esporte no mundo: a Federação Metropolitana de Futebol de Salão, hoje rebatizada de Federação de Futsal do Estado do Rio de Janeiro.
Nascido no dia 13 de janeiro de 1927 no Rio de Janeiro e criado na Tijuca, Zarani sempre torceu para o América-RJ. Em 1952, com 25 anos, convidou amigos para jogar futebol na sede do clube, porém não havia campo disponível, apenas quadras poliesportivas. Nascia, assim, o futsal.
Com o passar do tempo, embora permanecesse reconhecido pelo trabalho no futsal, esporte no qual atuou também como treinador e dirigente, Zarani se tornou mais conhecido pela atuação na imprensa esportiva, especialmente, pelos 38 anos de carreira no mesmo veículo: o extinto Jornal dos Sports, pelo qual cobriu todas as modalidades esportivas. Nas página do cor de rosa, nunca escondeu a preferência esportiva que era sua paixão: o América.
Newton Zarani defendeu o América em boa parte da carreira como atleta. O esporte, àquela altura, era, como gostava de definir, “feito para quem sabia jogar bola”. Não eram permitidos carrinhos, tocar as duas mãos no chão ao mesmo tempo e nem mesmo gols de fora da área.
O jornalista era um dos pouco remanescentes da crônica esportiva a terem acompanhado a última conquista estadual de seu o América: o Campeonato Carioca de 1960, o primeiro do antigo estado da Guanabara. Daquele elenco, Zarani orgulhava-se de falar se sua amizade com o meia Amaro, que chegou a ser vendido à Juventus de Turim (Itália) e convocado para a seleção brasileira. Morreu em 2010.
Depois de fazer história como atleta e técnico, Zaroni se tornou jornalista esportivo. Trabalhou por mais de 40 anos no “Jornal dos Sports” e em outros veículos, como o rádio, onde foi um dos pioneiros no papel de comentarista.
No início de 2020, o jornalista esteve pela primeira vez no novo Maracanã, para a gravação de um documentário. Na visita, demonstrou espanto com as transformações pelas quais passou o estádio que viu surgir para a Copa do Mundo de 1950, mas aprovou o resultado. A Associação de Cronistas Esportivos do Rio de Janeiro (Acerj) prestou solidariedade à família, e o América determinou luto de três dias.
O futebol de salão perdeu, em 11 de maio de 2020, a figura responsável por moldá-lo no esporte que é hoje. Morreu, aos 93 anos. Ele estava internado e não resistiu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).
(Fonte: https://esporte.ig.com.br/futebol/2020-05-11 – FUTEBOL / Por Agência O Globo – 11/05/2020)
(Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/esporte/2020/05/11 – ESPORTE / Por Stéfano Salles Da CNN, no Rio de Janeiro – 11 de Maio de 2020)
(Fonte: https://www.uol.com.br/esporte/futebol/ultimas-noticias/2020/05/11 – ESPORTE / FUTEBOL / Do UOL, em São Paulo – 11/05/2020)
(Fonte: Zero Hora – ANO 56 – N° 19.708 – 12 DE MAIO de 2020 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 26)
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