Um dos mais influentes escritores americanos
Norman Mailer (Long Branch, Nova Jérsei, 31 de janeiro de 1923 – Nova York, 10 de novembro de 2007), escritor americano, consagrou-se com o romance Os Nus e os Mortos. Mailer foi uma das mais importantes consciências críticas de seu país.
Romancista, ensaísta e dramaturgo, escrevendo sobre boxe, dialética, drogas, existencialismo, fascismo, sexo, pacifismo, violência, câncer e guerra, paranoia e política, tecnologia e totalitarismo, ou dedicando-se a elaborar a biografia da atriz Marilyn Monroe, Norman Mailer foi um dos principais renovadores da literatura norte-americana do século 20. O escritor Norman Mailer, um dos mais influentes intelectuais americanos dos últimos cinquenta anos.
Mailer consagrou-se aos 25 anos com seu romance de estreia, Os Nus e os Mortos, baseado em sua experiência como soldado na II Guerra Mundial. Escreveu mais de trinta livros de ficção e ensaios. Muitos foram premiados, dois com o Pulitzer, mas nenhum obteve o êxito de sua obra inaugural.
Beberrão, drogado, brigão, fazia o tipo antigo do escritor machão, à la Hemingway. Em 1960, chegou a esfaquear a segunda de suas seis mulheres, em uma festa. Em 1969, fracassou em uma tentativa de se eleger prefeito de Nova York.
Afeito à polêmica e aos holofotes, marcou posição em todos os debates ocorridos na sociedade americana desde os anos 60, do feminismo à invasão do Iraque. Radical até a inconsequência, quase aprovou o assassinato de um comerciante branco por jovens negros em O Negro Branco, de 1957.
Expoente do new journalism, estilo que incorporou recursos da narrativa de ficção à reportagem tradicional, fundou o jornal The Village Voice, referência da imprensa alternativa.
Em 1973, publicou uma biografia de Marilyn Monroe em que acusa o governo americano de ter matado a atriz para ocultar seu romance com Robert Kennedy. Ex-boxeador, também fez relatos memoráveis sobre o esporte. Mailer morreu no dia 10 de novembro de 2007, aos 84 anos, de falência renal, em Nova York.
(Fonte: Veja, 21 de novembro, 2007 Edição 2035 ANO 40 N.º 46 – DATAS – Pág; 94)
(Fonte: Veja, 16 de fevereiro, 2005 Edição 1892 ANO 38 N.º 7 – Memória – Pág; 77)