O MAIOR DE TODOS
Muhammad Ali, considerado um dos maiores pugilista da história do esporte, nasceu em 18 de janeiro de 1942, em Louisville, Kentucky. O boxe deu grandes atletas, mas a história desse esporte sempre terá um divisor de águas quando se falar de Muhammad Ali, “O Maior de Todos”. Sua grandeza foi sobre o ringue, mas sua vitória mais ressonante foi contra o “Tio Sam”, por lutar e lutar para escapar a uma prisão de 5 anos e uma multa de 10 mil dólares por não querer se alistar nas Forças Armadas.
O atleta mais criticado dos anos 60, converteu-se num herói nos anos 70. Um homem denunciado como anti-americano em 1967, foi convidado a Casa Branca em 1974. Cassius Clay, nome com o qual conquistou a medalha olímpica de Peso Meio Pesado, em 1960 em Roma, abriu as portas para um mercado nome que a televisão levou as alturas, numa escalada de contratos milionários que transformaram o mundo do boxe num espetáculo.
Convertido ao Islamismo foi como Muhammad Ali que viveu suas melhores batalhas. Foi polêmico, causou espanto e admiração em alguns e desprezo em outros. Seu brilhantismo sobre os ringues iniciou-se nos Olímpicos de Roma onde obteve seu primeiro prêmio mundial.
Em suas primeiras lutas profissionais demonstrou uma incrível rapidez com as mãos e os pés, considerando-se que sua estatura era de 1,88 e seu peso 85 quilos. O homem que alardeava suas habilidades para “voar como uma borboleta e picar como uma abelha”, foi uma personalidade no inicio dos anos 60, um vilão norte-americano e finalmente um herói internacional.
Agora seu corpo esta limitado pelo Mal de Parkinson, mas é um dos homens mais queridos do planeta. Clay nasceu em 18 de janeiro de 1942 em Louisville, Kentucky e tinha apenas 22 anos quando enfrentou Sony Liston tirando dele o título dos Pesados. Foi pouco depois de se converter ao Islã que anunciou seu nome frente a controvérsia da opinião pública.
Com a popularidade abalada, os promotores queriam dirigir uma revanche com Liston essa aconteceu em Lewiston, no estado Maine, em 25 de Maio de 1965 e Ali nocauteou seu opositor no primeiro round. Seis meses depois, Ali castigou severamente o ex-campeão Floyd Patterson antes que a luta fosse definida no 12 round.
Ali defendeu por mais sete vezes com sucesso seu título, mas o nocaute técnico sobre Zora Folley foi sua última luta no ringue em três anos e meio. Pois depois, o rival passou a ser “Tio Sam”, quando as forças Armadas trataram de alistá-lo. O campeão não se importou de se expor a cinco anos de prisão e a uma multa de 10 mil dólares por negar-se a servir nas Forças Armadas.
Nesse dia, a comissão Atlética de Nova York suspendeu sua licença de boxe e tirou seu título. O julgamento, durou dois meses e meio, e o jurado gastou apenas 21 minutos para deliberar a sentença de culpado e o juiz impôs a pena máxima. O caso chegou a Suprema Corte dos Estados Unidos, enquanto os americanos começavam a se opor a Guerra do Vietnã, por isso o apoio a Ali foi aumentando.
Oito meses antes da audiência na Suprema Corte, Ali voltou aos ringues e derrotou por nocaute técnico Jerry Quarry no dia 26 de outubro de 1970. Um mês e meio depois a história se repetiu com Oscar Bonavena em Nova York. Em 8 de março de 1971, Ali e Joe Frazier subiram ao ringue do Madison Square Garden para unificar o título dos Pesados. Cada boxeador recebeu um pagamento recorde, até então, de US$ 2,5 milhões. Foi uma luta eletrizante. Ali caiu no 15º round e Frazier levou por decisão unanime.
O boxeador ganhou sua segunda briga com Frazier, também por decisão unanime, três anos depois e em Manila repetiu a odisséia, nesta ocasião por nocaute técnico no 14 round. Uma das suas derrotas memoráveis foi a que sofreu de Ken Norton, que quebrou a mandíbula de Ali. Na seqüência outra de suas brilhantes vitórias foi a que obteve frente a George Foreman, quem nocateou em oito assaltos recuperando assim o titulo e tornando-se pela segunda vez Peso Pesado, pois ao primeiro foi Patterson.
O verdadeiro “Waterloo” de Ali foi quando confiantemente enfrentou Leon Spinks e perdeu a faixa dos mastodontes, recuperado-a sete meses depois, no que seria sua última vitória, pois em junho de 79 anunciou sua saída. As tentadoras ofertas fizeram com que voltasse, mas só para ser derrotado por Larry Holmes e Trevor Berbick.
Por azar, sua grande carreira tinha que deixar suas seqüelas e em 1984, Ali descobriu que sofria do Mal de Parkinson, uma síndrome neurológica caracterizada por tremores, rigidez nos músculos e lentidão de fala e movimentos.
(Fonte: El Norte – versão Patrícia Fook)