O mais antigo locutor do Brasil Jung é referência no jornalismo
Radialista há 55 anos, o caxiense Milton Ferretti Jung, de 73 anos, sentou-se ao lado de Ruy Carlos Ostermann, no Encontros com o Professor, dia 2 de julho à noite, no StudioClio, e sentenciou: Não sei o que fiz para estar aqui. O mais antigo locutor do Brasil é lembrado por seu velho amigo: Uma das maiores referências do rádio, com voz, timbre, segurança e precisão inabaláveis, além da notável emoção contida.
O locutor do Correspondente Guaíba lembrou que se emociona quando ouvintes do Interior contam que nas horas do Correspondente Renner, um dos programas que apresentou, a família toda silenciava.
Uns contam, outros recontam o mesmo. É sempre bom ouvir isso, disse. Saudando os tempos do locutor de notícias, Jung comentou que ainda se diverte com a ironia que se permite. Nuançes no modo de falar.
Enquanto me deixarem fazer isso, estou bem. Ironias que indicam envolvimento com as notícias, mas ele negou algum cargo de comentarista, a não ser que seja em esporte.
Dois velhos amigos, eles lembraram muitas histórias. Ostermann aprendeu a dirigir com um Fusca 63, comprado do radialista. Jung abandonou Ostermann no México durante uma cobertura de eliminatórias de Copa do Mundo e voltou ao
Brasil. O saudosismo continuou, mas com a defesa de Jung de que o rádio não perde força. É a companhia que continua no bolso de todos.
Em 2008, ele completou 50 anos na Rádio Guaíba.
(Fonte: Correio do Povo Ano 114 Nº 276 Geral sexta-feira, 3 de julho de 2009 Pág; 10)