O primeiro arranha-céu de São Paulo

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O primeiro arranha-céu de São Paulo

Prédio do conde italiano Giuseppe Martinelli

O Martinelli, primeiro arranha-céu de São Paulo, foi salvo de ir abaixo. Em 1933, parte da construção encravada entre as ruas Líbero Badaró, São Bento e av. São João foi vendida para o governo da Itália.

Com a crise mundial na época, o conde italiano Giuseppe Martinelli perdeu, por dívidas, o edifício que levava seu nome.

O prédio, a partir daí, alternou fases em que teve cassinos, bordéis, hotel de luxo e até a tomada por posseiros, como um sujeito chamado Zé Pernambuco.

A obra, iniciada em 1924, só foi finalizada em 1934, com mármore italiano e piso hidráulico. São 30 pavimentos: 26 andares, mais três da chamada vila italiana, erguida no terraço, e a última laje, onde fica um desativado para-raio.

Edison Cabral, 50, é o relações públicas do Martinelli e responsável por coordenar as visitas oficiais ao terraço do prédio, que acontecem desde 2000. Em julho deste ano, ele conta, o número de visitantes (acumulados) bateu os 50 mil.

Ser um marco turístico da cidade, porém, foi algo que ficou escondido sob descaso, falta de manutenção e ocupação desordenada.

Fatiado pelo Banco do Brasil após o decreto do governo brasileiro que confiscou, em 1942, as propriedades de Alemanha, Itália e Japão, o Martinelli chegou a ter 104 proprietários e inquilinos, do Palestra Itália, no 16º andar, à Igreja do Deus Vivo, no 17º.

Martinelli, além de ser ocupado pelo sindicato dos bancários do térreo até o 6º e, daí para cima, por órgãos municipais, o Martinelli é local de trabalho de cerca de 3.000 funcionários e de locação para gravação de comerciais e novelas (um casamento de “Amor à Vida” foi filmado no terraço).

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/saopaulo/2013/09/1344954- DANILO VALENTINI – DE SÃO PAULO – 22/09/2013)

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