O primeiro carro brasileiro a competir na principal categoria do automobilismo mundial

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O primeiro F-1 brasileiro volta à pista de Interlagos

Wilson Fittipaldi retornou à pista de Interlagos para reconstituir a história da sua obra. Com o FD-01 restaurado com patrocínio da Dana, o veterano deu duas voltas onde iniciou suas aventuras automobilísticas mundiais e desceu do carro com a satisfação de quem tinha vencido um grande prêmio. Wilsinho viveu o mesmo ritual de 18 de novembro de 1974, quando o Fitti-1 acelerou pela primeira vez para o Brasil.

(Fonte: Dana – Junho de 2010)

Publicado com o patrocínio da Dana, em 2005, o livro “Fitti-1 – O Fórmula 1 brasileiro” conta como foi a criação do primeiro carro brasileiro a competir na principal categoria do automobilismo mundial. Uma trajetória que envolveu sonhos, empenho, perigo, alegrias, tristezas, vitórias e derrotas. A edição do livro, entregue como presente a clientes e parceiros da Dana, fez parte do projeto de valorização dos ícones brasileiros da mobilidade, na mesma época em que a empresa restaurou os carros FD-01 e FD-04, pilotados pelos irmãos Fittipaldi nos anos 70.

Com 151 páginas e repleto de fotos, o livro conta em detalhes todo o processo de reconstituição do FD-01, ou Fitti-1, retratando como os colaboradores da Dana rodaram o mundo atrás de componentes e fragmentos para refazer com toda a autenticidade o quebra-cabeça de 6 mil peças de um fórmula-1. Também mostra como a Dana conseguiu reunir vários profissionais que trabalharam na construção do primeiro modelo, como os mecânicos Darci Medeiros, Elísio Casado e João Paolo Pascuale, mestres em chassi, motor e elétrica, e o engenheiro Ricardo Divila – projetista do carro -, para que o Fitti-1 voltasse à sua forma original.

Além de narrar a recuperação dos primeiros modelos da equipe Fittipaldi e a reapresentação do Fitti-1 restaurado no autódromo de Interlagos, o autor volta no tempo e desvenda o início da paixão dos irmãos Fittipaldi pelo automobilismo, na época em que, ainda adolescentes, fabricavam volantes esportivos. Lemyr Martins conta ainda como os jovens Fittipaldi passaram a preparar karts, que entraram no Brasil em 1960, e a criar outros protótipos de sucesso nas pistas brasileiras, como o Fitti-Porsche e o surpreendente Volks bimotor.

Um dos capítulos do livro relata como Wilson Fittipaldi Jr., decepcionado com as constantes falhas internas da Brabham, time pelo qual competia na Fórmula 1, em 1973, teve a idéia de construir um F-1 legitimamente brasileiro. A partir desse ponto, o autor narra toda a trajetória do carro, desde seu projeto por Ricardo Divila, passando pela apresentação ao então presidente Ernesto Geisel em Brasília, até a estréia no GP da Argentina em 1975.

Outra passagem interessante é a que descreve a ida de Emerson Fittipaldi, na época bicampeão mundial, para a equipe brasileira, em 1976. Emerson foi acusado de inimigo dos próprios interesses, por deixar a McLaren, com claro potencial de um tricampeonato mundial, para pilotar o F-1 da família, ainda na fase de afirmação. “Ao contrário do que disseram na época, minha decisão de deixar a McLaren não foi para ganhar mais na Copersucar. Fui ganhando menos, porém muito motivado em guiar nosso carro. Também pesou na decisão o fato de o FD-04 ser um carro como eu achava que deveria ser: mais simples e convencional. Não que eu não gostasse da idéia inicial. Só achava um conceito muito avançado para uma equipe nova”, declara Emerson no livro.

Lemyr Martins também dedica algumas páginas de seu livro ao radialista esportivo Wilson Fittipaldi, o Barão, patriarca da família Fittipaldi, e aos diversos nomes que participaram ativamente da história da equipe Fittipaldi, como mecânicos, projetistas e os pilotos Ingo Hoffmann, Arturo Merzario, Alex Dias Ribeiro, Keke Rosberg e Chico Serra.

O empenho das empresas que contribuíram com a realização do sonho da equipe brasileira de Fórmula 1 também é lembrado, como a Embraer, que cedeu seu túnel de vento para os primeiros testes com o carro, a então Albarus (Dana), que desenvolveu e forneceu os semi-eixos para o Fitti-1, além das patrocinadoras Copersucar e Skol. O livro traz ainda as fichas técnicas de todos os modelos e os resultados da equipe Fittipaldi nas temporadas de 1975 a 1982.

(Fonte: www.dana.com.br)

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