O primeiro cartório informatizado do País

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PRIMEIRO CARTÓRIO INFORMATIZADO DO PAÍS

Depois de quatro meses de esforços, o Poder Judiciário de São Paulo conseguiu dar os primeiros passos para fora de um atoleiro de mais de 2,5 milhões de processos civis e 600 mil criminais, que superlotavam as prateleiras das varas de todo o Estado. Na segunda-feira, 27 de novembro de 1989, o governador do Estado, Orestes Quércia, colocou em funcionamento na 5ª Vara Criminal do Fórum Central de São Paulo o primeiro cartório informatizado do País e também o primeiro de uma série de 30 cartórios piloto.
Concluída a fase experimental do projeto de informatização da Justiça Criminal iniciado em agosto com um convênio entre os poderes Executivo e Judiciário. O sistema de informatização judicial utilizou, em sua primeira fase, 30 microcomputadores cedidos pela Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado e pelo Centro de Microinformática do Tribunal de Justiça. Cada um deles foi colocado à disposição de uma vara de Fórum Central e terá capacidade para armazenar milhares de informações processuais.
A informatização do Judiciário beneficia também a execução de atividades no âmbito do Executivo, como na área de Segurança Pública. O projeto gera uma série de produtos secundários, como o fornecimento de informações para o banco de dados da Coordenadoria de Estabelecimentos Penitenciários do Estado, facilitando a administração dos presídios, e para a Polícia Militar, que poderá saber com exatidão se algum suspeito abordado por uma rádio patrulha é ou não foragido da Justiça.

(Fonte: Revista ISTOÉ SENHOR, 06 de dezembro, 1989 – JUSTIÇA – Por Fábiana Pena – N.º 1055 – Pág. 80)

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