O primeiro engenho do Brasil colonial foi instalado em São Vicente

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ENGENHO, unidade agro-industrial produtora de açúcar, que serviu de base para a implantação da colonização portuguesa no Brasil. O termo abrangia as instalações necessárias à produção açucareira e também toda a propriedade do senhor, as plantações, a escravaria, a SENZALA e a CASA-GRANDE. O engenho propriamente dito estava dividido em várias seções que correspondiam aos diversos momentos do processo de fabricação do açúcar: casa da moenda, casa da fornalha, tendal e casa de purgar. Quase todo o trabalho no engenho era realizado por escravos, salvo algumas funções especializadas (mestre, purgadores, caixeiros), que em alguns casos eram exercidas por homens livres, a princípio portugueses e depois negros alforriados. O primeiro engenho do Brasil colonial foi instalado em São Vicente, por Pêro e Luís de Góis, em 1532. No entanto, na Bahia(Zona do Recôncavo), Pernambuco (Zona da Mata) e em Campos (Estado do Rio de Janeiro), se concentrou o maior número de engenhos. Coexistiram vários tipos de engenhos: os trapiches, puxados por bois; os engenhos reais, movidos a roda de água; os bangüês, engenhos a vapor, usados a partir de 1817; o engenho que deixava de funcionar era chamado de fogo-morto. Os pequenos engenhos ou engenhocas se localizavam no interior e produziam aguardente e rapadura. Em 1857, entre 1106 engenhos existentes em Pernambuco, dezoito eram movidos a vapor, 346 a roda de água e o restante a tração animal. Na década de 1870, o governo imperial passou a financiar a instalação dos chamados engenhos centrais (especializados apenas na fabricação do açúcar, recebendo a cana de terceiros), mas a iniciativa fracassou. No final do séc. XIX e início do séc. XX, começou a substituição dos engenhos pelas USINAS, instaladas com empréstimos de bancos ingleses e baseadas no trabalho assalariado.

(Fonte: Nova Cultural)

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