O primeiro escravo documentado nos Estados Unidos

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Obama é parente do primeiro escravo documentado nos EUA, diz pesquisa

Presidente é 11º tataraneto de John Punch, que teria sido escravo em 1640.
Estudo genealógico remonta origens da mãe de Obama, que é branca.

O presidente dos EUA, Barack Obama, é o 11º tataraneto de John Punch, o primeiro africano registrado como escravo na história norte-americana. A informação foi levantada por uma equipe de pesquisadores de um dos maiores bancos de dados de história familiar dos EUA, o Ancestry.com.

Curiosamente, a conexão remonta às origens da família da mãe de Obama, que é branca. A descoberta feita pelo grupo de pesquisa exigiu buscas nos documentos do estado da Virgínia e a análise do DNA de ancestrais do presidente.

Punch era escravo na colônia de Virgínia e foi punido por tentar escapar, em 1640. O caso ocorreu décadas antes que as leis da escravidão fossem definidas na colônia. O fato de Punch ter tentado escapar teria criado a necessidade da documentação, de acordo com os cientistas.

Muitos documentos da colônia de Virgínia foram perdidos nos 372 anos seguintes, destruídos por enchentes, incêndios e guerras.

Origens
Os pesquisadores descobriram que a mãe de Obama, Stanley Ann Dunham, também provém de uma linhagem africana, assim como seu pai, que é do Quênia.

Ao traçar as raízes genealógicas do atual presidente dos EUA, o Ancestry.com percebeu que Punch teve filhos com uma mulher branca. Os descendentes do escravo se tornariam, depois, donos de terra livres na região, que no futuro seriam tataravôs em vários graus de Obama.

A presidente do Comitê de Certificação de Genealogistas dos EUA, Elizabeth Shown Mills, analisou e atestou os dados, segundo nota publicada no Ancestry.com. Ela afirma não haver dúvida da origem africana da mãe de Obama, e que os “documentos que sobreviveram ao tempo apontam somente a John Punch como candidato lógico” a ser parente do presidente.

Mills afirma, no entanto, que a pesquisa genealógica em indivíduos que viveram centenas de anos atrás não podem “provar definitivamente que um homem foi pai de outro”, mas que este levantamento atinge “o mais alto padrão e pode ser lido com confiança”.

(Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08 – Do G1, em São Paulo -01/08/2012)

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