Peugeot Type 15, primeiro carro a rodar no Brasil
Quando o primeiro exemplar de automóvel desembarcou no Brasil – um Peugeot Type 15, trazido de Paris por Alberto Santos Dumont em 1895, 11 anos antes de ele se tornar o “pai da aviação” – , o transporte individual no País era feito por carruagens, que transportavam apenas as famílias mais abastadas – para os demais, já havia o bonde.
A partir do pioneirismo de Dumont, outras pessoas de alto poder aquisitivo passaram a importar seus carros, o que assegurou a eles o papel de objeto de desejo e símbolo de status. Nascia ali uma grande paixão dos brasileiros.
A montagem do primeiro veículo motorizado no País teve início em 1919 e a produção, em 1956, mas foi só nos anos 70, com a grande industrialização, que os carros passaram a ser comuns nas ruas. Na época, o desenvolvimento das cidades privilegiou o automóvel.
A evolução do transporte individual no Brasil, das carruagens aos modernos veículos que hoje estão em nossas ruas.
Confira os fatos marcantes que contam a história do automóvel no Brasil, de carruagens aos carros modernos
Carruagem: na época em que o Peugeot começou a rodar no Brasil, o único meio de transporte individual eram as carruagens e charretes, reservadas às classes mais ricas da sociedade
Ford T: A Ford começou a vender o modelo T em São Paulo em 1919. Ele vinha pronto dos Estados Unidos e era apenas montado numa fábrica no bairro do Bom Retiro, na capital
Romi-Isetta: Em 1956, teve início a produção de veículos no Brasil. Feito pela Romi sob licença da italiana Iso, o Isetta pesava 350 kg, tinha 2,26 m de comprimento e uma única porta. Foi vendido até 1961
Volkswagen Fusca: a alemã Volkswagen começou a fabricar no Brasil a Kombi, em 1957, e o Fusca, em 1959. Foram os primeiros modelos de grande volume feitos no País
Puma: mostrado no Salão do Automóvel de 1966, o Puma GT, evolução do conceito GT Malzoni, foi o primeiro esportivo desenvolvido por aqui. Seis anos mais tarde, a Volks lançou outro apimentado desenhado no Brasil: o SP2
Aero-Willys: depois de apenas montar modelos concebidos no exterior, a indústria brasileira começa a ter projetos adaptados ao mercado nacional, como o sedã Aero-Willys, de 1960, e a perua Simca Jangada, de 1962
Gurgel: a montadora foi a primeira nacional e surgiu em 1969 com o Ipanema, um bugue de mecânica VW. Com o jipe Xavante, de 1973, depois rebatizado de X-12, a marca obteve seu grande momento: ele caiu no gosto do Exército e se firmou como alternativa aos jipes Willys e Bandeirante
Honda CG 125: para incentivar a indústria local, as importações são proibidas em 1976. Na zona franca de Manaus, onde passou a ser possível trazer peças sem impostos, a Honda iniciou a fabricação da CG 125
Carro a álcool: após a crise do petróleo, o programa Proálcool, de 1975, prevê o surgimento de veículos movidos a etanol. O Fiat 147, de 1979, é o primeiro do mundo a usar esse combustível
Yamaha RD 50: em 1974, a Yamaha ergue uma fábrica em Guarulhos e passa a produzir a primeira moto do País: a RD 50, com motor dois-tempos de 50 cm³, conhecida como “cinquentinha”
Populares: a redução do IPI para os carros com motor até 1 litro leva a Fiat a lançar, em 1990, o Uno Mille, inaugurando o segmento dos carros “populares”, que deu novo fôlego à indústria
Celta: carente de um carro de entrada, a Chevrolet desenvolve no Brasil o Celta, produzido numa fábrica construída apenas para ele em Gravataí (RS)
Novo Gol: muito diferente dos anteriores, o Gol de 2008 ganha tecnologia, o que marca uma nova fase para a VW brasileira. Geração anterior continuou em linha até 2013
(Fonte: http://www.estadao.com.br/jornal-do-carro/noticias/mercado,140-anos-evolucao-do-transporte-individual,22837 – MERCADO – JORNAL DO CARRO/ Por Igor Macário e Thiago Lasco – 140 anos: evolução do transporte individual – 21.01.2015)