REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA Situa-se no contexto da propagação da ideologia liberal pelas lojas maçonicas. Em 1817, a seca e a crise do setor açucareiro mergulham Pernambuco em um período de instabilidade e insatisfação popular. Gera-se, assim, uma revolta envolvendo militares, clero, proprietários rurais e comerciantes, que se opõem aos portugueses. Em março de 1817, o governador Caetano Pinto recebe uma denúncia de conspiração e ordem a prisão dos envolvidos. Os líderes civis não oferecem resistência, mas o cap. José de Barros Lima, cognominado Leão Coroado, mata o brig. Manoel Barbosa de Castro ao receber ordem de prisão, dando início a um motim na fortaleza das Cinco Pontas que logo ganha as ruas.
O governador refugia-se na Fortaleza de Brum, no Recife, mas, em 7/3, capitula e embarca para o Rio de Janeiro. De posse da cidade, os rebeldes organizam aquele que seria o primeiro governo brasileiro independente baseado na representação de classes e que chegou a proclamar a República, garantindo os direitos individuais e as liberdades de imprensa, culto e opinião.
(Fonte: Almanaque Abril 1993 – pág: 173).