O primeiro vôo supersônico realizado em território brasileiro
Comprados da França no início da década de 70, 14 aviões Mirage III, foram aposentados no fim de 2005. Não têm mais condições de voar nem de garantir a defesa aérea do Brasil em virtude da defasagem tecnológica.
Preteridos agora, os Mirages III tiveram anos seguidos de estrelato. Foi com um deles o primeiro vôo supersônico realizado em território brasileiro. A única vez que a Força Aérea Brasileira teve aviões de combate com desempenho parecido com o de países ricos foi quando comprou esses Mirages.
O avião ganhou enorme prestígio depois de Israel ter apostado nele para vencer a Guerra dos Seis Dias, em 1967. A rapidez do conflito no Oriente Médio, como o nome sugere, deve-se em boa parte ao poderio destrutivo do Mirage III. Em ataques relâmpagos, Israel explodiu bases militares do Egito, da Jordania e Síria.
Também abateu no ar aviões Mig, de fabricação russa, comprados pelos sírios.
Com a visibilidade possibilitada pela guerra, a Dussault, fabricante do Mirage III, viu os negócios prosperar. Ela vendeu mais de 1.400 unidades, incluindo modelos derivados. Emirados Árabes, Austrália, África do Sul, Chile, Venezuela e Zaire são exemplos de compradores do Mirage III. O Paquistão obteve vitórias sucessivas contra a Índia em 1971 ao usar a aeronave.
(Fonte: Época, 31 de março de 2008 N° 515 Mundo/Aviação por Murilo Ramos Pág; 100)