Odysseus Elytis (Heraclião, Creta, 2 de novembro de 1911 – Atenas, 18 de março de 1996), poeta grego, foi laureado com o Prêmio Nobel de Literatura, em 1979.
Surrealista, Elytis misturava em seus poemas mitologia grega clássica com sua experiência durante a Segunda Guerra Mundial, quando lutou contra tropas fascistas. Odysseus Elytis faleceu em 18 de março de 1996, aos 84 anos, em Atenas, Grécia.
A língua grega é depositária da mais longa tradição poética do mundo ocidental. Essa tradição tem seu marco fundador e momento mais famoso nas epopeias Ilíada e Odisseia, que Homero teria composto no século IX a.C.
Como durante 2 000 anos a Grécia deixou de ser uma nação independente – sendo ocupada sucessivamente por romanos, francos, venezianos e turcos, até ressurgir em 1823 -, o idioma falado no país modificou-se profundamente.
Mudou a ponto de o grego, conhecido como demótico, ser completamente diferente do idioma homérico. Foi com o demótico, porém, que a poesia grega conseguiu projeção internacional no século 20, conquistando dois prêmios Nobel em menos de vinte anos – um para George Seféris, em 1963, e o outro para Odysseus Elytis, em 1979.
(Fonte: Veja, 13 de agosto de 1986 - Edição 936 - LIVROS/ Por Mário Sérgio Conti - Pág; 126)
(Fonte: Veja, 27 de março de 1996 – ANO 29 – N° 13 – Edição 1437 – DATAS – Pág; 102)
TRADIÇÃO – Antes de premiar o colombiano Gabriel García Márquez, em 1982, nos anos anteriores a academia surpreendeu com três de suas premiações mais inesperadas.
Em 1979, a láurea foi para o poeta grego Odysseus Elytis. Em seu país, Elytis há tempos era um nome popular. Fora da Grécia, porém, era quase desconhecido.
Em 1980, foi a vez do poeta polonês radicado nos Estados Unidos Czeslaw Milosz, um professor da Universidade da Califórnia, em Berkeley, cuja notoriedade até então se restringia aos círculos universitários.
Em 1981 o laureado foi o judeu-búlgaro radicado em Londres Elias Canetti. Seu mais famoso romance, Auto-de-Fé, foi saudado por Thomas Mann como uma grande obra, mas Canetti, até o prêmio, permanecia como um escritor reverenciado apenas por escritores. Nos três casos, a academia, em vez de confirmar o talento de nomes frequentes nas livrarias, promoveu desconhecidos da maioria do público.
(Fonte: Veja, 19 de outubro de 1988 - ANO 21 - N° 42 – Edição 1050 - NOBEL - Pág: 94/95)