Olegário Mariano (1889-1958), poeta, político e diplomata brasileiro.

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Olegário Mariano (Recife, 24 de março de 1889 – Rio de Janeiro, 28 de novembro de 1958), poeta, político e diplomata brasileiro.

Terceiro ocupante da Cadeira 21, eleito em 23 de dezembro de 1926, na sucessão de Mário de Alencar e recebido pelo Acadêmico Gustavo Barroso em 20 de abril de 1927. Recebeu o Acadêmico Guilherme de Almeida.

Olegário Mariano (O. M. Carneiro da Cunha), poeta, político e diplomata, nasceu em Recife, PE, em 24 de março de 1889, e faleceu no Rio de Janeiro, RJ, em 28 de novembro de 1958.

Era filho de José Mariano Carneiro da Cunha, herói pernambucano da Abolição e da República, e de Olegária Carneiro da Cunha. Fez o primário e o secundário no Colégio Pestalozzi, na cidade natal, e cedo se transferiu para o Rio de Janeiro. Freqüentou a roda literária de Olavo Bilac, Guimarães Passos, Emílio de Meneses, Coelho Neto, Martins Fontes e outros. Estreou na vida literária aos 22 anos com o volume Angelus, em 1911. Sua poesia falava de neblinas, de cismas e de sofrimentos, perfeitamente identificada com os preceitos do Simbolismo, já em declínio.

Foi inspetor do ensino secundário e censor de teatro. Representou o Brasil, em 1918, como secretário de embaixada à Bolívia, na Missão Melo Franco. Foi deputado à Assembléia Constituinte que elaborou a Carta de 1934. Em 1937, ocupou uma cadeira na Câmara dos Deputados. Foi ministro plenipotenciário nos Centenários de Portugal, em 1940; delegado da Academia Brasileira na Conferência Interacadêmica de Lisboa para o Acordo Ortográfico de 1945; embaixador do Brasil em Portugal em 1953-54. Exerceu o cargo de oficial do 4o Ofício de Registro de Imóveis, no Rio de Janeiro, tendo sido antes tabelião de Notas.

Em concurso promovido pela revista Fon-Fon, em 1938, Olegário Mariano foi eleito, pelos intelectuais de todo o Brasil, Príncipe dos Poetas Brasileiros, em substituição a Alberto de Oliveira, detentor do título depois da morte de Olavo Bilac o primeiro a obtê-lo.

Além da obra poética iniciada em livro em 1911, e enfeixada nos dois volumes de Toda uma vida de poesia (1957), publicados pela José Olympio, Olegário Mariano publicou durante anos, nas revistas Careta e Para Todos, sob o pseudônimo de João da Avenida, uma seção de crônicas mundanas em versos humorísticos, mais tarde reunidas em dois livros: Bataclan e Vida Caixa de brinquedos.
Sua poesia lírica é simples, correntia, de fundo romântico, pertinente à fase do sincretismo parnasiano-simbolista de transição para o Modernismo. Ficou conhecido como o “poeta das cigarras”, por causa de um de seus temas prediletos.

Bibliografia

Obras: Angelus (1911); Sonetos (1921); Evangelho da sombra e do silêncio (1913); Água corrente, com uma carta prefácio de Olavo Bilac (1917);

Últimas cigarras (1920);

Castelos na areia (1922); Cidade maravilhosa (1923);

Bataclan, crônicas em verso (1927);

Canto da minha terra (1931); Destino (1931);

Poemas de amor e de saudade (1932); Teatro (1932);

Antologia de tradutores (1932); Poesias escolhidas (1932);

O amor na poesia brasileira (1933);

Vida Caixa de brinquedos, crônicas em verso (1933);

O enamorado da vida, com prefácio de Júlio Dantas (1937);

Abolição da escravatura e os Homens do Norte, conferência (1939);

Em louvor da língua portuguesa (1940);

A vida que já vivi, memórias (1945): Quando vem baixando o crepúsculo (1945);

Cantigas de encurtar caminho (1949);

Tangará conta histórias, poesia infantil (1953);

Toda uma vida de poesia, 2 vols. (1957).

(Fonte: www.academia.org.br)
(Fonte: www.correiodopovo.com.br – Cronologia – ANO 116 – Nº 175 – 24/03/2011)

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