Ornette Coleman, saxofonista e compositor, cujo álbum “The Shape of Jazz to Come”, é considerado um dos mais inovadores da história do gênero

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O saxofonista foi pioneiro no gênero

Saxofonista foi pioneiro no gênero | (Foto: Gabriel Bouys/ AFP / CP)

Saxofonista foi pioneiro no gênero | (Foto: Gabriel Bouys/ AFP / CP)

O músico foi uma das figuras mais inovadoras, poderosas e controversas da história do gênero

Ornette Coleman (Fort Worth, Texas, 9 de março de 1930 – Nova York, 11 de junho de 2015), saxofonista e compositor, lenda do jazz, cujo álbum “The Shape of Jazz to Come”, de 1959, é considerado um dos mais inovadores da história do gênero.

O saxofonista e compositor de jazz americano Ornette Coleman nasceu no Texas em 9 de março de 1930, foi considerado uma lenda do estilo e pioneiro do free jazz.

Coleman ficou famoso a partir do álbum “The shape of jazz to come”, disco de 1959 que ajudou a criar o free jazz, vertente mais experimental e menos melódica que também teve John Coltrane como expoente. O free jazz rompeu as estruturas de harmonia tradicionais e permitiu uma forma de expressão do gênero mais livre.

O saxofonista americano Ornette Coleman (Foto: Divulgação)

O saxofonista americano Ornette Coleman
(Foto: Divulgação)

O músico foi o pioneiro no no estilo free jazz, uma variação menos amarrada e melódica do que a estrutura tradicional do gênero, e colecionava na carreira um Grammy e um Pulitzer.

Ornette Coleman demonstrou, inicialmente, influência do bebop e de Charlie Parker. “Na primeira vez em que vi um cara tocar um saxofone, eu não sabia o que era. E alguém me disse que aquilo era um saxofone. Então, pedi um para minha mãe, e ela me disse que se eu desse um jeito de conseguir um dinheiro eu mesmo poderia comprar um. Então, construí uma caixa de engraxate e fui para as ruas ‘cheirar uns pés'”, lembrou ele em declaração reproduzida em seu site oficial.

“Até que um dia, uns três ou quatro anos depois, ela me disse: ‘Olha embaixo da cama’. Então, peguei [o saxofone]e comecei a tocar.” Em entrevista ao jornal britânico “The Guardian”, em 2010, Coleman comentou que, de início achou que o instrumento “fosse um brinquedo”. “Eu não sabia que era preciso aprender algo para descobrir o que aquele brinquedo fazia.”

 

Grammy e Pulitzer
Em fevereiro de 2007, Coleman ganhou um Grammy pelo conjunto da obra. Dois meses depois, faturou o Prêmio Pulitzer de música por seu álbum “Sound grammar” (2006).

Na época, comentou em entrevista à agência de notícias Associated Press: “De todas as línguas que os seres humanos falam no planeta, há um tipo de gramática. Para mim, tocar música é analisar essa gramática”.

Apesar de conhecido por suas músicas intrincadas e conceituais, o jazzista afirmou que nunca quis ser inacessível. “Faço o mesmo desde adolescente e só faço isso por causa das qualidades dos seres humanos”, comentou. “Nunca pensei em ser esperto; só pensei em ser bom.”

Coleman morreu em Nova York, onde viveu boa parte de sua carreira, em 11 de junho de 2015, aos 85 anos, no hospital Beth Israel, em Manhattan, Nova York, vítima de uma parada cardiorrespiratória.

(Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/ArteAgenda/558765 – ANO – Nº – Arte & Agenda – Variedades – Gente – 11/06/2015)

(Fonte: http://g1.globo.com/musica/noticia/2015/06 – MÚSICA – Do G1, em São Paulo – 11/06/2015)

 

 

 

 

Ornette Coleman vence Prêmio Pulitzer de música

Saxofonista foi pioneiro do free jazz.
John Coltrane ganhou menção honrosa.

O saxofonista de jazz Ornette Coleman venceu o Prêmio Pulitzer de música nesta segunda-feira (16) por seu álbum de 2006 “Sound grammar”. Coleman, 77, é um dos pioneiros do movimento free jazz das décadas de 50 e 60. “Sound grammar” é seu primeiro disco ao vivo em 20 anos. O também saxofonista John Coltrane (1926-67) recebeu menção honrosa. 

Antes de “Sound grammar”, o único disco de jazz a vencer um Pulitzer havia sido “Blood on the fields”, de Wynton Marsalis, em 1997. Apesar da preferência por gravações eruditas na categoria música, os compositores Duke Ellington e Thelonious Monks receberam menções honrosas em 1999 e 2006 respectivamente. 

Coleman falou à Associated Press de sua casa em Nova York logo após saber da vitória. “Fico grato em saber que a América é um país fantástico”, disse a lenda do jazz, lembrando da primeira vez em que pediu a sua mãe um saxofone. “E aqui estou.” 

Sua fascinação pelo bebop de Charlie Parker o levou a um caminho de descoberta musical do que ele chama de “cultura da vida e da inteligência”. 

Em “Sound grammar”, gravado em um concerto de 2005 em Ludwigshafen, Alemanha, Coleman também toca trompete e violino. Ele venceu um Grammy pelo conjunto da obra em fevereiro último. 

“De todas as línguas que os seres humanos falam no planeta, há um tipo de gramática”, disse o músico em relação ao álbum. “Para mim, tocar música é analisar essa gramática.” 

Apesar de conhecido por suas músicas intrincadas e conceituais, Colema disse que nunca quis ser inacessível. “Faço o mesmo desde adolescente e só faço isso por causa das qualidades dos seres humanos”, disse. “Nunca pensei em ser esperto; só pensei em ser bom”. 

Alguns membros do conselho do Pulitzer como Jay Harris, professor da Universidade da Califórnia do Sul, disse que o prêmio “efetivamente excluiu parte da melhor música americana” ao se concentrar inteiramente em trabalhos eruditos. A vitória de Coleman sugere que isso pode estar mudando.

(Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL22847-7085,00- música / jazz – Da AP – 16/04/07)

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