Oskar Schlemmer (Stuttgart, 4 de setembro de 1888 – 13 de abril de 1943), pintor. Começou a dar aulas na Bauhaus em 1920 como diretor da oficina de escultura, envolvendo-se também com a Oficina de metal temporariamente; depois, assume a direção de arte teatral.
Criador definitivo do Teatro da Bauhaus (muito embora este já existisse, de maneira informal, antes dele), Schlemmer é também associado historicamente à dança moderna e muito embora não fosse coreógrafo de formação, seu nome tem importância equivalente aos de Rudolf Laban e Mary Wigman. Schlemmer absorveu suas ideias sobre a cena principalmente de um conto/ensaio do escritor romântico alemão Heinrich Von Kleist.
O texto, Sobre o teatro de marionetes, questionava a superioridade do dançarino humano em relação aos fantoches e marionetes, defendendo a idéia de que os movimentos deste último teriam muito a ensinar à dança.
Em 1922, data mágica, como se pode ver, Schlemmer estreou, no Teatro Municipal de Jena, seu Balé Triádico, espécie de síntese de suas idéias em teatro, obra em progresso cujas montagens sucessivas chegaram a 1932.
Se Moholy-Nagy estava interessado no teatro enquanto jogo de forças construtivas, Schlemmer explorava a situação do corpo humano neste espaço. Sendo assim, seus figurinos buscavam extrair novas possibilida- des perceptivas do corpo do ator-dançarino. Máscaras e aparatos de cena muitas vezes constringiam o livre movimento, exigindo novas posturas diante da atuação e do corpo.
Para realizar esta meta, Schlemmer produziu inúmeros desenhos. Todos os seus espetáculos, do Balé Triádico às danças da Bauhaus (desenvolvidas nos anos de 1926/27) tinham roteiros gráficos minuciosa- mente planejados. Os desenhos dos figurinos, porém, são um capítulo à parte, pois, vistos pelo olhar de hoje, aparecem como projetos de wire-frames que facilitam incrivelmente sua digitalização. A cena de Schlemmer era, na verdade, a antevisão da cena do computador que os atuais programas de 3-D conseguem realizar com facilidade.
(Fonte: Veja, 10 de julho de 1974 – Edição nº 305 – ARTE/ Por Marinho de Azevedo – Pág; 120/121)
(Fonte: Veja, 27 de agosto de 1969 – Edição n° 51 – ARTE – Pág; 69)
(Fonte: http://www4.pucsp.br/cos/budetlie – Lucio Agra)
(Fonte: http://tipografos.net/bauhaus/oskar-schlemmer)