Osvaldo Azzarini Rolla (1909-1996), nasceu em Porto Alegre, 13 de Setembro. Meia-esquerda de talento, árbitro por desejo pessoal, técnico por vocação e comentarista pela postura crítica aguçada. Osvaldo Rolla, o Foguinho, foi desportista multifacetado, como poucos no esporte gaúcho. Se o futebol do Rio Grande do Sul pode ostentar títulos nacionais com Grêmio, Inter e Juventude, muito é devido a Foguinho.
Osvaldo Rolla já exibia um potente e preciso chute disparado com aperna canhota aos 16 anos, em 1927, quando defendia a camisa do São José. Sua habilidade como jogador, entretanto, seria carimbada na passagem pelo Grêmio nos anos 1930. Logo conquistou a torcida e o título histórico de Campeão Farroupilha em 1935 ao marcar um gol na vitória de 2 a 0 sobre o Inter.
Seu futebol inteligente deixaria de brilhar em 1942. Foguinho despediu-se como jogador e se tornou árbitro, antes de ser treinador. Em 1953, dirigiu o Cruzeiro de Porto Alegre – a primeira equipe gaúcha a excursionar pelo Exterior, com a qual obteve um heróico empate com o poderoso Real Madrid.
Na bagagem, trouxe ideias. No Grêmio – onde formou um time supercampeão na década de 50 – e depois em rápidas passagens pelo Inter, Pelotas e Cruzeiro, Foguinho aprimorou o condicionamento físico dos atletas, estabeleceu esquemas táticos precisos e exigiu raça e amor à camisa.
Ao morrer, em 1996, havia legado o jeito gaúcho de ser campeão.
(Fonte: Zero Hora – Porto Alegre, 30 de dezembro de 1999 – Edição n° 12.551 – Século 20/Rio Grande – O desportista – Pág; 35)