Oswald de Andrade (São Paulo, 11 de janeiro de 1890 – São Paulo, 22 de outubro de 1954), escritor paulistano, autor de Serafim Ponte Grande e de Os Condenados, entre outras obras.
Oswald de Andrade foi um dos principais articuladores do movimento modernista e da célebre Semana de Arte Moderna, espécie de marco divisório na história das artes brasileiras, realizada em São Paulo, em 1922. A rebeldia de Oswald o levava a querer muito mais do que simplesmente revolucionar forma e conteúdo da criação artística. O que ele queria mesmo era uma revolução que transformasse a vida social dos brasileiros, suas instituições e costumes.
José Oswald de Souza Andrade, filho de família rica, nasceu em São Paulo, em 1890. Inquieto, transbordante de ideias, iniciou-se no jornalismo aos 19 anos, na função de crítico teatral, ao mesmo tempo em que frequentava a faculdade, curso de direito. Generoso, ajudou a revelar o talento de Mário de Andrade, sobre cuja obra publicou um artigo elogioso intitulado, O meu poeta futurista. Um ano depois da polêmica causada pela Semana de Arte Moderna, Oswald partiu para a Europa em companhia da pintora Tarsila do Amaral, com quem viveu um grande amor.
Em Paris, Oswald e Tarsila conviveram com a elite dos artistas vanguardistas da época, como Erik Satie, Cocteau, Brancusi e Picasso. Oswald publicou, Poesia pau-brasil ainda em Paris, antes de viajar para o Oriente Médio.
De volta ao Brasil, retomou o trabalho de jornalista e colaborou intensamente com as publicações que divulgavam o pensamento e a criação dos modernistas, como as revistas Klaxon e Verde; fundou a Revista da Antropofagia, em 1928, parceria com o poeta Raul Bopp (Cobra Norato) e Antônio Alcâncatara Machado, na qual publicou o célebre Manifesto Antropofágico, do qual faz parte a expressão Tupy or not tupy, that is the question, vulgarizada a ponto de ser repetida até hoje, muitas vezes sem que se conheça origem e autoria. Foi nessa época que se desentendeu com o amigo Mário de Andrade, o que constituiu grande sofrimento para ambos. Apaixonado, transbordante, sensível a novas ideias e estímulos para os sentidos, separou-se de Tarsila, apaixonado que estava pela jovem escritora feminista Patrícia Galvão, a Pagu.
Entrou para o Partido Comunista e continou, incansavelmente, a escrever novos livros, Serafim Ponte Grande, O rei da vela, A escada vermelha, Marco zero: a revolução melancólica e outros, enquanto vivia novos amores.
Já no fim da vida, quando é comum nos tornarmos mais conservadores, Oswald escreveu suas memórias com o título, Um homem sem profissão sob as ordens da mamãe, demonstrando que continuava o mesmo rebelde de sempre.
Morreu em outubro de 1954 e sua obra rebelde ainda provoca polêmica.
(Fonte: Livro 100 Brasileiros – 2004)
(Fonte: http://www.brasil.gov.br/sobre/cultura/teatro/oswald-de-andrade-1890-1954)
(Fonte: Caras – 10 de fevereiro de 2011 – EDIÇÃO 901 – Citações – ANO 18)
(Fonte: Veja, 10 de novembro de 2004 – ANO 37 – Nº 45 – Edição 1 879 – Livros/ Por Jerônimo Teixeira – Pág: 158/159)