Otto Von Habsburg, herdeiro do último imperador da Áustria
Otto von Habsburg (20 de novembro de 1912 – Poecking, na região da Bavária, sul da Alemanha, 4 de julho de 2011), o descendente mais velho do último império austro-húngaro.
Otto von Habsburg, o filho mais velho do último imperador da linhagem austro-húngara dos Habsburg, um dos clãs mais influentes da Europa.
Otto Von Habsburg, renunciou ao seu título como sucessor de Carlos I, último e efêmero imperador da Áustria-Hungria, para ser um europeísta, defensor dos países do Leste Europeu, sob o comunismo e também quando estes entraram na União Europeia.
Otto Von Habsburg-Lorraine, nascido em 20 de novembro de 1912, estava destinado a subir ao trono, mas a dissolução do Império Austro-Húngaro em 1919 transformou seu destino e o levou a viver no exílio.
Habsburg assistiu o declínio de sua linhagem depois que os Habsburg foram forçados a se exilar por causa da Primeira Guerra Mundial. Anos depois, ele se estabeleceu em Poecking, em 1950, e se tornou um membro do Parlamento Europeu da União Social dos Cristãos da Bavária.
Depois que a família imperial foi expulsa da Áustria e após perder seu pai em 1922, o jovem Otto estudou na Espanha e deu prosseguimento a sua vida escolar na Bélgica.
Voltou a sua pátria durante a ditadura “austro-fascista” de Kurt Schuschnigg, mas foi expulso novamente quando a Áustria foi anexada pela Alemanha em 1938 (Anschluss).
Sem esconder sua oposição a Hitler, o herdeiro imperial esperava conseguir restaurar a monarquia.
Refugiado nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, fez campanha com o presidente americano Franklin Delano Roosevelt e com o primeiro-ministro britânico Winston Churchill para restabelecer a independência da Áustria, questão que em 1943 foi incluída entre os objetivos de guerra dos aliados.
Mas, uma vez terminada a guerra, o novo poder em Viena, em particular os social-democratas, opôs-se ao retorno do aristocrata exilado.
Católico e anticomunista declarado, a ponto de se vincular ao regime do ditador espanhol Francisco Franco, -algo que reforçou a oposição da esquerda austríaca contra ele- Otto Von Habsburg viu no Cristianismo um valor capaz de unificar a Europa dividida entre o Leste e o Oeste, e se baseou nesse pensamento para fazer campanha.
Com sua plataforma cristã, tornou-se presidente da União Pan-Europeia (1973-2004) e, depois, foi eurodeputado pelo Partido Social-Cristão (CSU) durante duas décadas (1979-1999).
Em 1989, foi um dos promotores do “Pic-nic Pan-Europeu” na fronteira austro-húngara, permitindo que mais de 600 alemães do Leste passassem para o Oeste.
Poliglota -falava alemão, húngaro, espanhol, inglês, francês e croata- Otto Von Habsburg foi desde 1989 um defensor fervoroso da inclusão dos países da Leste Europeu na União Europeia.
Vivendo na Baviera a partir dos anos 1950, Otto Von Habsburg foi autorizado a voltar a seu país natal em 1966 depois de cinco anos de controvérsia. O herdeiro imperial teve antes que jurar fidelidade à República Austríaca.
No entanto, mobilizados pelos sindicatos, 250.000 trabalhadores protestaram contra a sua primeira viagem à Áustria, em novembro de 1966.
A paz com a esquerda austríaca foi selada em 1972 com um aperto de mãos histórico com o chanceler social-democrata Bruno Kreisky.
Habsburg morreu no dia 4 de julho de 2011, aos 98 anos, comunicou Eva Demmerle, uma porta-voz da família. Segundo Eva, Habsburg faleceu dormindo em sua casa na cidade de Poecking, na região da Bavária, sul da Alemanha.
(Fonte: http://oglobo.globo.com – Mundo – 4 de julho de 2011)
(Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/07 – MUNDO – NOTÍCIA / Por France Presse VIENA (AFP) – 4 Jul 2011)
Otto Von Habsburg, herdeiro do último imperador da Áustria
Otto Von Habsburg, falecido nesta segunda-feira aos 98 anos, renunciou ao seu título como sucessor de Carlos I, último e efêmero imperador da Áustria-Hungria, para ser um europeísta, defensor dos países do Leste Europeu, sob o comunismo e também quando estes entraram na União Europeia.
Otto Von Habsburg-Lorraine, nascido em 1912, estava destinado a subir ao trono, mas a dissolução do Império Austro-Húngaro em 1919 transformou seu destino e o levou a viver no exílio.
Depois que a família imperial foi expulsa da Áustria e após perder seu pai em 1922, o jovem Otto estudou na Espanha e deu prosseguimento a sua vida escolar na Bélgica.
Voltou a sua pátria durante a ditadura “austro-fascista” de Kurt Schuschnigg, mas foi expulso novamente quando a Áustria foi anexada pela Alemanha em 1938 (Anschluss).
Sem esconder sua oposição a Hitler, o herdeiro imperial esperava conseguir restaurar a monarquia.
Refugiado nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial, fez campanha com o presidente americano Franklin Delano Roosevelt e com o primeiro-ministro britânico Winston Churchill para restabelecer a independência da Áustria, questão que em 1943 foi incluída entre os objetivos de guerra dos aliados.
Mas, uma vez terminada a guerra, o novo poder em Viena, em particular os social-democratas, opôs-se ao retorno do aristocrata exilado.
Católico e anticomunista declarado, a ponto de se vincular ao regime do ditador espanhol Francisco Franco, -algo que reforçou a oposição da esquerda austríaca contra ele- Otto Von Habsburg viu no Cristianismo um valor capaz de unificar a Europa dividida entre o Leste e o Oeste, e se baseou nesse pensamento para fazer campanha.
Com sua plataforma cristã, tornou-se presidente da União Pan-Europeia (1973-2004) e, depois, foi eurodeputado pelo Partido Social-Cristão (CSU) durante duas décadas (1979-1999).
Em 1989, foi um dos promotores do “Pic-nic Pan-Europeu” na fronteira austro-húngara, permitindo que mais de 600 alemães do Leste passassem para o Oeste.
Poliglota -falava alemão, húngaro, espanhol, inglês, francês e croata- Otto Von Habsburg foi desde 1989 um defensor fervoroso da inclusão dos países da Leste Europeu na União Europeia.
Vivendo na Baviera a partir dos anos 1950, Otto Von Habsburg foi autorizado a voltar a seu país natal em 1966 depois de cinco anos de controvérsia. O herdeiro imperial teve antes que jurar fidelidade à República Austríaca.
No entanto, mobilizados pelos sindicatos, 250.000 trabalhadores protestaram contra a sua primeira viagem à Áustria, em novembro de 1966.
A paz com a esquerda austríaca foi selada em 1972 com um aperto de mãos histórico com o chanceler social-democrata Bruno Kreisky.
(Fonte: De Luc Andre – VIENA – (AFP) – 4 Jul 2011)