Paul Allen, cofundador da Microsoft
Ele criou a empresa junto com Bill Gates.
Um dos mais ricos do mundo, Allen financiava projetos filantrópicos e era dono de times de basquete e futebol americano.
Paul Gardner Allen (Seattle, Washington, 21 de janeiro de 1953 – 15 de outubro de 2018), co-fundador da gigante de tecnologia Microsoft ao lado do empresário Bill Gates, empresário americano que fundou a gigante Microsoft nos anos 1970 ao lado de seu amigo de infância Bill Gates.
Allen ajudou a fundar a Microsoft em 1975 com Bill Gates e saiu em 1983, quando foi diagnosticado com câncer pela primeira vez e fez um tratamento bem sucedido.
De startup a gigante da tecnologia
Allen conheceu Bill Gates durante a infância, tendo ambos frequentado a mesma escola particular no norte de Seattle. Mais tarde, os dois amigos abandonariam a faculdade para perseguir o futuro que idealizavam: um mundo com um computador em cada residência.
Gates deixou a Universidade de Harvard em seu primeiro ano para se dedicar em tempo integral à startup criada por ele e seu amigo, então chamada Micro-Soft. Allen, por sua vez, passou dois anos na Universidade do Estado de Washington, antes de também desistir.
Eles fundaram a empresa em abril de 1975, em Albuquerque, no Novo México, mas o grande sucesso veio em 1980, quando a IBM decidiu investir em computadores pessoais e pediu à Microsoft que fornecesse o sistema operacional das máquinas.
A primeira versão de seus dois produtos mais clássicos, o programa de texto Microsoft Word e o sistema operacional Windows, foi lançada em 1983. Em 1991, os sistemas operacionais da Microsoft já estavam presentes em 93% dos computadores pessoais de todo o mundo.
A companhia passou a ser uma das mais importantes do setor de tecnologia, e logo Allen e Gates se tornaram bilionários. Em 2018, a Microsoft voltou a ultrapassar a Google, outra gigante tecnológica, em valor de mercado, chegando a valer 749 bilhões de dólares.
Allen foi vice-presidente executivo da Microsoft para pesquisa e desenvolvimento de novos produtos até 1983, quando renunciou ao cargo após ser diagnosticado com câncer.
Além da Microsoft
Com sua irmã Jody, Allen fundou a Vulcan em 1986, uma empresa de investimentos que supervisiona seus negócios e esforços filantrópicos.
O empresário também foi fundador do Allen Institute for Brain Science, uma organização sem fins lucrativos de incentivo à pesquisa médica, e da empresa do setor aeroespacial Stratolaunch, que construiu um avião destinado a lançar satélites em órbita. Ele também financiou pesquisas em energia gerada por fusão nuclear.
Estima-se que Allen, cuja fortuna é avaliada em 20,3 bilhões de dólares, segundo a Forbes, tenha doado mais de dois bilhões de dólares para caridade. Em 2010, disse acreditar que “aqueles afortunados por alcançarem grande riqueza deveriam investi-la para o bem da humanidade”.
Amante do esporte, ele comprou o time profissional de basquete Portland Trail Blazers, aos 35 anos, e o de futebol americano Seattle Seahawks. É também um dos proprietários do clube de futebol Seattle Sounders FC. Allen costumava assistir a jogos de seus times e, às vezes, era visto conversando com jogadores no vestiário.
O bilionário era também um aficionado da música. Tinha uma banda de plantão para tocar com ele sempre que quisesse, e gastou mais de 250 milhões de dólares na criação de um museu totalmente dedicado a seu herói, Jimi Hendrix.
História
Paul Allen se uniu ao colega de ensino médio Bill Gates para fundarem a gigante de tecnologia Microsoft em 1975.
“No início, Paul Allen e eu estabelecemos a meta de um computador em cada mesa de trabalho e em cada lar. Era uma ideia ousada e muita gente achou que estávamos malucos ao pensar que aquilo era possível”, escreveu Gates em uma carta comemorando os 40 anos da Microsoft, em 2015.
Não faltaram discussões entre Allen e Gates sobre quanto de participação cada um deveria ter na empresa dos computadores pessoais – situação que só se complicou com a entrada do executivo Steve Ballmer. Em um livro publicado em 2011, Allen afirma que Gates e Ballmer criticavam sua falta de produtividade no momento em que ele havia sido diagnosticado com um linfoma, daquela vez Hodgkin. Gates negou a visão do cofundador na época.
Em 1993, Allen saiu da Microsoft após o diagnóstico e se recuperou da doença, sem vender sua participação na gigante. Permaneceu como membro do conselho de administração da gigante até os anos 2000. Em 2009, contraiu um linfoma não-Hodgkin e venceu mais uma vez.
Neste mês, Allen anunciou que estava recebendo um tratamento novamente para um linfoma não-Hodgkin. “Aprecio o apoio que recebi e vou contar com ele enquanto batalho este desafio”, escreveu na rede social Twitter.
Allen ocupava o 44º lugar da lista de bilionários da Forbes de 2018, com uma fortuna estimada em pouco mais de 20 bilhões de dólares. Como filantropo, doou 2,6 bilhões de dólares, sendo que 500 milhões foram ao Allen Institute for Brain Science, que investiga o cérebro humano.
Allen também era cheio de hobbies. Foi dono do time de NBA Trail Blazer, do time da NFL Seattle Seahawks e tinha uma participação no time de futebol Seattle Sounders. Seu interesse pela história da aviação o levou ao Flying Heritage & Combat Armor Museum, um instituto que reuniu e restaurou 26 aeronaves e 25 veículos de guerra. Por fim, quando tinha um tempo livre, tocava guitarra na banda The Underthinkers.
Paul Allen morreu em 15 de outubro, aos 65 anos, nos Estados Unidos. Ele vinha lutando contra um tipo de câncer conhecido como linfoma não-Hodgkin.
Allen morreu em Seattle, no estado de Washington, apenas duas semanas depois de revelar publicamente que o linfoma pelo qual fora tratado em 2009 havia retornado.
Bill Gates, por sua vez, afirmou estar “com o coração partido pelo falecimento de um dos meus amigos mais antigos e queridos”. “Paul era um verdadeiro parceiro e um amigo querido. O computador pessoal não teria existido sem ele”, disse em nota.
Satya Nadella, diretor executivo da Microsoft, descreveu as contribuições de Allen como “indispensáveis”. “Como cofundador da Microsoft, ele criou, com seu jeito silencioso e persistente, produtos, experiências e instituições mágicas. E, ao fazê-lo, mudou o mundo.”
“Comecei o tratamento, e meus médicos estão otimistas de que terei um bom resultado. Agradeço o apoio que tenho recebido e conto com ele enquanto luto contra este desafio”, afirmou o empresário em 1º de outubro. “Planejo lutar contra ele agressivamente.”
(Fonte: Zero Hora – ANO 55 – N° 19.220 – 16 de outubro de 2018 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 35)
(Fonte: https://exame.abril.com.br/negocios – NEGÓCIOS / Por Mariana Fonseca – 15 out 2018)
(Fonte: https://www.terra.com.br/noticias – NOTÍCIAS – 15 OUT 2018)
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