Paul Baran, cientista pioneiro, um dos fundadores da Internet
Paul Baran, o engenheiro que ajudou a criar a Arpanet, a precursora da Internet atual
Um dos pioneiros da Internet
O temor de que um ataque nuclear bloqueasse as comunicações levou o pesquisador a criar a técnica de transmitir dados em pequenos pacotes, que é a base da internet
Conexões de rede: Baran inventou a técnica de dividir a informação em pequenos pacotes e transmiti-los separadamente (Justin Sullivan/Getty Images)
Paul Baran (nasceu em Polônia, em 29 de abril de 1926 – faleceu em 26 de março de 2011), cientista pioneiro da internet, engenheiro responsável por desenvolver alguns dos fundamentos da Arpanet, rede militar americana que deu origem à Internet, fez os primeiros trabalhos em comutação de pacotes, tecnologia que serviu de base para a Internet.
Na década de 60, Baran trouxe ao mundo a ideia de “fatiar” dados digitais em pequenos blocos de informação para facilitar sua transferência entre computadores e torná-la mais segura.
O conceito da fragmentação de dados surgiu com o objetivo de manter a operação de redes de telecomunicações em funcionamento caso parte dela fosse atingida por um ataque nuclear. O trabalho pioneiro de Baran resultou na Arpanet, uma rede para a comunicação entre cientistas que estabeleceu as bases da internet moderna.
Nascido na Polônia em 1926, mudou-se para os Estados Unidos dois anos depois, onde formou-se em Engenharia Elétrica e realizou estudos para elaborar uma forma eficiente e segura de comunicação.
Paul Baran licenciou-se em engenharia elétrica em 1949, tendo 10 anos mais tarde completado o mestrado na mesma área. O pioneiro da Internet trabalhou na RAND durante os anos 60 onde desenvolveu o tema da capacidade de resistência dos sistemas de comunicações em caso de ataque nuclear.
No início dos anos 60, enquanto trabalhava na empresa RAND na Califórnia, Paul Baran desenvolveu a ideia de armazenar dados em pacotes, enviados por caminhos diferentes dentro de uma rede e reconstituídos quando chegassem ao destino. O objetivo de Baran era criar uma rede de comunicação distribuída, menos suscetível a ataques ou a interrupções que as redes convencionais. Através da redundância da rede, se um caminho falhasse ou fosse destruído as mensagens podiam chegar ao destino a partir de uma via alternativa.
Apesar de a ideia ter sido inicialmente rejeitada pela companhia AT&T, em 1969 a Defense Department’s Advanced Research Projects Agency norte-americana criou a Arpanet, uma rede baseada na ideia de packet switching de Baran. Posteriormente a Arpnet foi substituída pela Internet onde o packet switching continua no núcleo do processo de transmissão de informação.
Baran criou, nos anos 60, em meio à tensão nuclear entre os Estados Unidos e a União Soviética, uma solução de controle e comunicação que poderia sobreviver a um eventual desastre. A ideia era estruturar uma rede descentralizada, sem um comando central que pudesse ser destruído por inimigos.
Dessa forma, o engenheiro imaginou uma rede composta por diversos nós funcionando como switches que direcionam as informações para o seu destino. Baran também desenvolveu o conceito de pacotes, que agregam dados e trafegam por diferentes caminhos até que chegam à sua destinação, onde são reconstruídos.
Esses preceitos de Baran foram fundamentais para a criação da Arpanet, uma vez que permitem a existência de uma rede menos vulnerável a ataques.
A Arpanet deu origem à Internet como conhecemos hoje que, apesar de muito mais evoluída em relação há décadas atrás, continua funcionando sobre os mesmos princípios desenvolvidas por Baran.
Em 1968, Paul Baran abandonou a RAND e foi cofundador do Institute for the Future, uma organização de investigação sem fins lucrativos, especializada em previsões.
Paul Baran fundou, também, sete empresas das quais cinco acabaram por entrar em Bolsa.
Paul Baran morreu aos 84 anos no sábado dia 26 de março de 2011 devido a complicações causadas por um câncer no pulmão.
(Fonte: http://exameinformatica.sapo.pt/noticias/internet/2011-03-28- INTERNET / Por JOANA MENDES – 28.03.2011)
(Fonte: http://www.adrenaline.com.br – autor: risastoider – 29 de março de 2011)
Paul Baran, engenheiro que ajudou a criar os fundamentos técnicos para a Arpanet, a precursora da internet
No início da década de 1960, enquanto trabalhava para a empresa RAND, na Califórnia, Baran sublinhou a importância de agregar dados em “pacotes”. Esses “pacotes” seriam depois enviados por diferentes “caminhos” através de uma rede e reconstituídos, pedaço a pedaço, quando chegassem ao seu destino. Semelhante processo é conhecido por packet switching.
O objetivo de Baran era criar uma rede de comunicações mais distribuída, que fosse menos vulnerável a ataques. Numa série de documentos técnicos publicados em 1960 Baran sugeriu que as redes deveriam ser construídas de forma a que se determinado “caminho” fosse destruído, as mensagens conseguissem chegar ao destinatário por outra via.
Quando, em meados da década de 1960, Baran abordou a operadora de redes telefónicas AT&T com esta ideia, a empresa disse que a sua teoria não funcionaria e recusou-se a investir no plano. Vinton Cerf, vice-presidente do Google, disse ao The New York Times que Baran – de quem foi colega e grande amigo – era alguém que não tinha medo de ir na direção contrária àquela que todos pensavam ser a melhor ou a única.
Em 1969, a Defense Department s Advanced Research Projects Agency criou a Arpanet, uma rede que usou as ideias de Baran e de outros que, na mesma altura, pensavam em redes de transmissão de informação menos vulneráveis a ataques. A Arpanet veio a ser substituída pela internet, mas o processo de packet switching continua a estar no cerne do processo de transferência de dados.
(Fonte: www.tecnologia.terra.com.br – Tecnologia – 28 de março de 2011)