Paul Krugman, americano nova-iorquino, doutor pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts. Professor da Universidade Princeton, ganhou popularidade por atacar furiosamente o governo do presidente George W. Bush em suas colunas no jornal The New York Times. Com esses artigos, tornou-se uma espécie de celebridade mundial do antiamericanismo. Três décadas atrás, no entanto, ele fez trabalhos extensos sobre o comércio internacional motivo oficial para que recebesse a honraria.
Krugman foi um teórico dos méritos e efeitos da globalização, ao explicar os mecanismos por meio dos quais, com o fim das barreiras comerciais, as empresas têm acesso a mercados maiores e conseguem se aproveitar de ganhos de escala. Nessa competição, explicou ele, certas empresas fecham as portas, enquanto as sobreviventes se tornam ainda mais competitivas e integradas em uma nova geografia industrial organizada em torno dos grandes mercados consumidores.
Essa teoria explicaria a divisão entre áreas urbanas de alta tecnologia com renda mais alta e periferias menos desenvolvidas.
Anunciado no dia 13 de outubro de 2008, o vencedor do Prêmio Nobel de Economia. Nem todos consideraram a premiação merecida. Segundo a revista The Economist, nenhuma de suas contribuições foi especialmente original.
Krugman, teria apenas capturado ideias que já estavam no ar havia décadas. Isso lhe valeu 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a 1,4 milhão de dólares.
O Nobel de Economia é o caçula dos prêmios. Foi instituído em 1968 pela Real Academia das Ciências da Suécia. Das 62 personalidades que o receberam, 36 são americanos.
(Fonte: Veja, 22 de outubro de 2008 ano 41 nº 42 edição 2083 Panarama – Datas Pág; 64)