Paul Otchakovsky-Laurens, fundador da editoria P.O.L., que publicou obras de Georges Perec, Marguerite Duras e Emmanuel Carrère

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Paul Otchakovsky-Laurens, o fundador das edições P.O.L.

 

 

Paul Otchakovsky-Laurens (Foto: Eric Feferberg/ AFP)

 

Paul era fundador da P.O.L., editora que publicou obras de Georges Perec, Marguerite Duras e Emmanuel Carrère.

Paul Otchakovsky-Laurens (Valréas, França, 10 de outubro de 1944 – Marie-Galante, Antilhas francesas, 2 de janeiro de 2018), editor francês, fundador da editoria P.O.L., que publicou obras de Georges Perec, Marguerite Duras e Emmanuel Carrère.

Otchakovsky-Laurens, que também ajudou a descobrir Marie Darrieussecq, criou a coleção P.O.L – acrônimo de seu nome – na editora Hachette.

Nascido em 1944 em Valréas, sul da França, Otchakovsky-Laurens transformou a P.O.L. em 1983, em uma editora independente e publicou obras de Marguerite Duras, Emmanuel Carrère e Atiq Rahimi.

Otchakovsky-Laurens começou sua carreira na edição como estagiário na editora Christian Bourgois em 1969, antes de passar para a Flammarion, em 1970.

Foi em 1977 que as três letras P.O.L., suas iniciais, se tornaram o acrônimo da coleção que criou na casa editorial Hachette, publicando vários textos de Georges Perec, incluindo La vie mode d’emploi (A vida modo de usar), um ano depois.

Em 1983, transformou a P.O.L. numa casa de edição independente, publicando The Book of the Skies, de Leslie Kaplan, e L’Invention du corps de saint Marc, de Richard Millet. Com as suas três letras maiúsculas e pontos azuis sobre um fundo branco, as capas dos livros da P.O.L. tornaram-se imediatamente reconhecíveis.

A sua editora publicou também um conjunto de cantigas trovadorescas galaico-portuguesas (Troubadours galego-portugais. Une anthologie), escolhidas, traduzidas e apresentadas por Henri Deluy, justificando a opção editorial com o facto de os trovadores galaico-portugueses ocuparem um lugar de destaque na história da arte trovadoresca.

A P.O.L teve o seu primeiro sucesso editorial em 1985, com a publicação de La douleur (A Dor), de Marguerite Duras, a que se seguiu, da mesma autora, La pluie d’été (Chuva de Verão), em 1990.

Na década de 90, a editora conheceu um grande crescimento com a publicação de jovens autores bem-sucedidos, como Marie Darrieussecq, com Truismes (Estranhos Perfumes – História de uma Metamorfose), ou Martin Winckler, com La maladie de Sachs.

Desde então, foram adicionadas ao catálogo outras apostas que se confirmaram mais tarde serem nomes de valor, como Emmanuel Carrère, descoberto com L’adversaire, em 2000, ou Atiq Rahimi, vencedor do Prêmio Goncourt com Syngué sabour. Pierre de patience, em 2008.

Apaixonado pelo cinema, Paul Otchakovsky-Laurens realizou um documentário no final de 2017, Editeur, no qual contou “a história de sua vocação”.

Tendo recentemente confessado ao jornal Le Monde que publicar os livros dos outros lhe “salvou a vida”, Paul Otchakovsky-Laurens dizia que, na literatura, “a mais bela história do mundo não interessa se não for contada de uma forma que a exprima e a transcenda”.

Otchakovsky-Laurens morreu em um acidente de carro, aos 73 anos na ilha de Marie-Galante, nas Antilhas francesas.

(Fonte: https://entretenimento.uol.com.br/noticias/afp/2018/01/04 – ENTRETENIMENTO – Paris (AFP) – 4 Jan 2018)

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia – POP & ARTE / Por France Presse – 04/01/2018)

(Fonte: https://www.publico.pt/2018/01/04/culturaipsilon/noticia – CULTURA ÍPSILON / LIVROS – 4 de Janeiro de 2018)

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